Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, visitou na manha desta sexta-feira (9) o Mercado Novo da capital provincial, onde para alem de dialogar com os vendedores locais, maioritariamente jovens, inteirou-se dos problemas porque passa aquele grupo social.
“É nosso, nosso tio,” gritavam os jovens do Mercado Novo de Nampula, durante a chegada e estadia do tio Salim naquele recinto.
A azafama foi tanta, pois, por um lado veem no governador um homem do povo, mas também acreditam ser o salvador dos macuas.
No Mercado Novo, tio Salim dialogou longamente com vendedores e outros utentes e colheu estórias interessantes.
Uma dessas estórias tem a ver com jovens que dedicam-se a mediação de compras. Recebem valores de vários pontos da província, compram os produtos e enviam para os seus clientes.
O negócio é lucrativo, tal como contaram ao governador. “Eu compro mercadorias e envio para os distritos e os donos me pagam 150,00Mt (cento e cinquenta meticais). Com esses ganhos consegui comprar minha motorizada”.
Aluno do ensino secundário do curso nocturno, um outro jovem que dedica-se a esta actividade disse que “eu compro produtos para e mando para elas nos distritos. Elas [as pessoas] pagam-me 250,00Mt (duzentos e cinquenta meticais)”.
Comovido com estas estórias, Abdula ofereceu uma motorizada a este aluno do curso nocturno e continuou a visita.
As mulheres que, também, desenvolvem o comércio naquele espaço disseram ao governador que a economia tende a melhorar, depois do interregno causado pelas manifestações.
Do lado de fora, uma multidão alegre e motivada aguardava o governador, até com presentes que incluiam badjias [pasteis confeccionado com base na farinha de feijão nhemba] e café servido localmente.
Igualmente, ficou a saber que daquele lado a economia tende a recuperar-se e que o seu trabalho na província está a gerar frutos.
Depois de degustar de badjias em uma banca improvisada na avenida Paulo Samuel Kankhomba, tio Salim, também, ofereceu uma motorizada a um outro jovem, no sentido de usar como meio de subsistência.
“Quero trabalhar com todos,” disse o governador dirigindo-se a multidão que o rodeava, prosseguindo que “ser pobre não significa ser marginal. Conversei com muitos jovens lá dentro do mercado, quanto aqui fora. São jovens com vontade e agora ainda mais motivados em continuar a trabalhar. Recebi muito bom carinho com esses meus filhos”.
A visita do governador àquele recinto mudou, magicamente, o dia daqueles vendedores, alguns dos quais que exercem as suas actividades em locais inapropriados e que andam assustados com o anúncio da sua retirada compulsiva pela edilidade, tanto é que pediram apoio do governador que, caso se concretize, sejam encaminhados para locais estratégicos onde a clientela se mantenha.
O governador acolheu essa preocupação e, reconhecendo os limites legais, prometeu interagir com o autarca da cidade de Nampula, sobre os melhores caminhos e estratégias a usar na situação. (Redação)
