Pelo menos 63 Naparamas rendem-se em Mutuali

Mutuali (IKWELI) – Um total de 63 Naparamas renderam e entregaram-se às autoridades governamentais na sede do posto administrativo de Mutuali, no distrito de Malema.
Este grupo se entregou na presença do governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, que ao fim da tarde desta segunda-feira (28) esteve em Mutuali, para garantir àqueles indivíduos disponibilidade e abertura do governo para recebê-los e nunca persegui-lós.
Em mensagem apresentada na ocasião, o representante dos Naparamas não escondeu o arrependimento do grupo, pedindo desculpas pelas pessoas inocentes que machucaram.
“Em nome dos cidadãos que se envolveram em tumultos, queremos pedir desculpa.
Por nervosismo e revoltados por falta de controle, alguns acabaram recorrendo a meios inadequados que trouxeram mais dor a nossa comunidade. Ao tentar resolver um problema real caímos no erro,” disse, revelando que “é um gesto de humildade e respeito do nosso compromisso para que nunca esses comportamentos voltem a acontecer”, por isso “vamos zelar pela paz e a manutenção da ordem e tranquilidade públicas”.
Para além da mensagem de arrependimento, os ex-Naparamas pediram a implementação de projectos de desenvolvimento em Mutuali, sobretudo na instalação de um “aviário de grande escala, agricultura industrial, construção e reabilitação de escolas, reabilitação das antigas instalações da missão para a instalação de uma faculdade”, bem como um “projecto de canalização de água e financiamento de jovens para o auto emprego”.
Dirigindo-se aos ex-Naparamas e a população de Mutuali, o governador Abdula questionou se o arrependimento era verdadeiro e que não tinham sido forçados, ao que teve reposta positiva.
“É preciso que quem venha investir tenha certeza de segurança. As pessoas não querem vir a Mutuali porque dizem que aqui há Naparamas”.
Aos pedidos, Abdula garantiu que serão satisfeitos, mas chamou atenção que não será imediato, mas “quero levar alguns de vocês para irem fazer formação de curta duração para que vocês possam ser ensinados actividade práticas”.
“Quando pegarem catana não é para ameaçar idosos, violar crianças, é para usar na machamba e produzir comida,” concluiu o governador, chamando atenção para uma vigilância cada vez mais renhida. (Aunício da Silva, em Mutuali)

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