Nampula (IKWELI) – O Presidente da República (PR) de Moçambique, Daniel Chapo, considera que o sector privado é a chave para o desenvolvimento do País, por conta disso, lançou na última sexta-feira (28), na província de Nampula, o Fundo de Recuperação Empresarial para as Micro, Pequenas e Medias Empresas (MPME’s) de Nampula, Cabo Delgado e Tete que foram afectadas pelas calamidades naturais e manifestações.
“Não há desenvolvimento possível sem o desenvolvimento do sector privado. Vocês é que estimulam a economia, criam emprego, pagamimpostos”.
De acordo com o PR, a ocorrência de tais eventos climáticos e de desordem no País, levaram a que houvesse redução da capacidade operacional e de empregabilidade das MPME’s, colocando em causa, em alguns casos, a continuidade do funcionamento destas empresas, na sua maior de jovens e mulheres.
Por isso, perante a tal realidade, com o apoio do Banco Mundial, o governo de Moçambique criou um fundo de apoio, denominado Fundo de Recuperação Empresarial, com um montante inicial de cinco milhões de dólares norte-americanos, o equivalente a 320 milhões de meticais.
“Com este Fundo de Recuperação Empresarial, esperamos que o esforço que o governo de Moçambique, que lideramos, em parceria com o Banco Mundial, que tem feito através programas como a III Edição do Fundo Catalítico, prevaleça e produza os resultados almejados que incluem a resiliência das nossas empresas a choques como estes, bem como a manutenção dos postos de trabalho e criação de mais e melhores empregos, sobretudo, para mulheres e jovens”.
Na ocasião, o estadista afirmou o compromisso de continuar a criar vários fundos que possam estimular a recuperação da economia o mais rápido possível,através do financiamento ao sector privado.
“Cabe a nós, o sector público, a responsabilidade de estimular e financiar as vossas empresas para que possam crescer, e o crescimento e a geração da riqueza de cada moçambicano, individualmente, resultam no desenvolvimento de todo Moçambique como um país e todos nós como moçambicanos”.
Trata-se de um financiamento cujo os limites variam no mínimo um milhão e o valor máximo equivale a três milhões de meticais. A coordenação técnica do projecto está sob a responsabilidade da Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.
Por outro lado, o representante do Banco Mundial, Laurent Olivier Corthay, sublinhou que o governo deve facilitar o ambiente empresarial com vista a facilitar o investimento privado.
“Quando uma empresa saudável deixa de funcionar por não conseguir se recuperar, os empregos e os investimentos que sustentam muitas famílias que deixam de existir e isso ameaça a subsistência deles. Por isso, sentimo-nos muito satisfeitos em contribuir com este novo fundo para a recuperação dessas médias empresas. Este fundo privilegia aquelas empresas formais que continuam comprometidas na manutenção da sua força laboral e na criação de novos empregos no seu projeto de recuperação”. (Ângela da Fonseca)