Governador de Nampula insta Kenmare a apostar cada vez mais na responsabilidade social

Nampula (IKWELI) – O governador da província de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, reiterou, durante uma visita efectuada ao distrito de Larde na última quinta-feira (20), que a empresa Kenmare, uma das maiores exploradoras de titânio no mundo, a olhar para o desenvolvimento da comunidade local como prioridade.

“No âmbito do programa de visitas, eu já tinha que vir como Governador, ver o ponto de situação deste distrito no seu todo e vir conhecer, sobretudo uma das maiores empresas e maiores contribuintes que temos aqui na província. E venho ver também como está a sede distrital porque sabemos que a administração, as residências dos administradores e outras unidades públicas foram vandalizas, então venho ver in loco como é que podemos começar a ver e a resolver os problemas,” começou por dizer o governador.
Na sua intervenção, o governador esclareceu, igualmente, que o seu governo tem estado atento a responsabilidade social da mineradora e aconselha a mesma envolva as comunidades locais e planifique melhor as suas acções. “Nós como governo de Nampula, como Conselho Executivo Provincial, o que nós queremos, principalmente no âmbito da responsabilidade social, é que seja envolvido não só o Conselho Executivo Provincial, mas as comunidades locais. Temos que previamente planificar aquilo que vamos ter como responsabilidade social, tem que ser em função das necessidades das comunidades e do distrito no seu todo. Temos que ser informados atempadamente, os contratos são feitos no seu todo, mas ouvidos o governo e a comunidade então eu aí ficarei satisfeito.”
Abdula falou também do plano de extensão do contrato da Kenmare, o qual já foi submetido ao Conselho de Ministros. “Já começamos com esta actividade, como sabem que o projecto já tinha sido depositado no Conselho de Ministros há uma semana, da qual tivemos o privilégio de sermos convidados para sermos ouvidos porque também apresentamos aquelas que são as nossas contribuições, sobre como devemos operar de hoje em diante. Falamos do projecto de extensão que foi submetido que é para renovação deste projecto, mas neste caso nós interferimos bastante e profundamente naquilo que são os projectos sociais,” fincou.
Quando questionado se haveria alguma insatisfação com o desempenho da empresa Irlandesa, Abdula respondeu nos seguintes que “estamos satisfeitos, mas queremos mais, vocês ouviram na apresentação que disseram que nós somos os maiores exportadores do mundo, essa é base suficiente para dizer que precisamos ter um Larde mais desenvolvido em função daquilo que estamos a oferecer, vocês vieram ontem para aqui, levaram 12 horas de viagem, isso não deve acontecer. A minha vontade é que nós consigamos estradas suficientes, investimentos suficientes porque podemos ver que tudo o que se produz aqui é matéria-prima para produzir tinta, plástico, para produzir cosméticos, então é nossa função como governo promover estas oportunidades de negócio localmente e fora.”
Sobre a mediática ponte sobre o rio Larde que poderá facilitar a transitabilidade da população local da sede do distrito de Larde ao posto administrativo de Topuito, o governador esclareceu que “a Kenmare há uns anos disponibilizou 3 milhões de dólares para a ponte e a ponte foi avaliada em cerca de 7 ou quase 8 milhões, acreditamos que é possível com 5 milhões de dólares construir uma ponte que seja transitável e que possam entrar camiões de grande tonelagem até 30 toneladas, mas temos que fazer novos estudos e a Kenmare já aceitou negociar de 3 milhões para 5 milhões de dólares e depois vamos negociar no âmbito da responsabilidade social,” destacou.
Já o representante da Kenmare em Moçambique, Gareth Clifton, explicou que a empresa tem estado atenta as questões ambientais. “Nós temos baixo impacto ambiental porque não usamos químicos em toda a área que exploramos,” disse, acrescentando que “temos três minas, temos a mina A que começou a ser explorada em 2007, temos a mina B ao lado, que é a mina que está a explorar Pilivili que começamos em 2020 e ali é onde fazemos a exploração. A nossa mina A vai a zona de Nataca, esta é uma zona mais difícil, porque tem níveis de lodo mais difícil, então para conseguir fazer a exploração temos que fazer algumas modificações na nossa planta.”
Clifton garantiu que a empresa está aberta em contribuir no desenvolvimento local. (Felismina Maposse)

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