Nampula (IKWELI) – As estradas que foram destruídas pela tempestade tropical severa JUDE na passada segunda-feira (10), na província de Nampula, região norte de Moçambique, poderão custar 800 milhões ou mais aos cofres do Estado moçambicano.
Este dado foi avançado nesta sexta-feira (14), aquando da visita efectuada pelo ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, a ponte sobre o rio Monapo que liga Namialo a Meconta.
“O nível de danos é bastante grande, temos neste momento uma estimativa do levantamento preliminar daquilo que é o investimento necessário para a reposição das estradas, estamos a falar de cerca de 800 milhões de meticais, um valor que é bastante significativo e o valor poderá subir por causa das obras.”
Segundo o dirigente, trata-se de uma reposição complexa e que não será possível ser reposta em três semanas. “Enquanto não forem intervencionadas as pontes, o mais importante é criarmos alternativas para que, pelo menos, haja trânsito normal e se garanta o abastecimento normal das famílias.”
Contudo, a maior preocupação do governo está relacionada com as zonas que estão ligadas aos rios e que não dispõem de uma ligação, como é o caso do rio Monapo que liga Namialo ao distrito de Meconta, onde tiveram que ser alocadas embarcações para facilitar a travessia.
As embarcações, ora alocadas, são da marinha de guerra vinda da província de Cabo Delgado e por viagem levam a bordo 10 pessoas, estando a operar das 05 às 16 horas até que a ponte seja reposta, tal como avançou a administradora da divisão marítima da Ilha de Moçambique, Sahara Faquira.
“As embarcações chegaram ontem de Pemba. Cada embarcação leva 10 pessoas para evitar que haja transbordo e a todos estamos a exigir que ponham colete para evitar que haja acidentes e mortes.”
A administradora apelou ainda que a população não opte pela travessia por conta própria e “entendam, o apelo do governo do distrito e da autoridade marítima que zela pela segurança para evitar acidentes. E isso de cobranças são pessoas que querem se aproveitar, estamos a exigir que não acatem, temos barcos e nós vamos transportar a todos.” (Ângela da Fonseca)