Nampula (Ikweli) – O director adjunto do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Karl Skam, garante que aquela organização do sistema das Nações Unidas vai continuar a ajudar Moçambique a ultrapassar a crise humanitária.
A garantia foi dada na última quinta-feira (27) em Maputo, após um encontro com o presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo.
Karl Skam enfatizou ser prioritário apoiar Moçambique a ultrapassar a crise humanitária que tem vindo a enfrentar, sobretudo na componente de lanches escolares.
“Queremos afirmar nosso compromisso para apoiar o melhoramento do programa escolar alimentar.”
Em Moçambique, mais de 5 milhões de pessoas vivem em situação de crise alimentar, por isso, Skam falou da importância de aumentar a mobilização de recursos para apoiar o governo de Moçambique a atender as prioridades de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema.
“Estamos inspirados e daqui vamos saber como apoiar o povo moçambicano, mas de tudo na área de segurança alimentar.”
De acordo com o relatório da Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar (IPC), a insegurança alimentar em Moçambique poderá afectar até 3,3 milhões de pessoas devido a uma combinação de choques climáticos e da crescente insurgência armada.
Segundo o relatório, o impacto do fenômeno El Niño, que tem agravado a seca e as alterações climáticas no país, poderá fazer com que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda aumente cerca de 2 milhões para 3 milhões até março de 2025.
Em Moçambique, o PMA implementa programas que visam melhorar os sistemas alimentares. Na região norte, por exemplo, apoiam com treinamentos, insumos agrícolas e de pesca a mais de 160 mil pessoas afectadas pelo conflito armado de Cabo delgado. (Ângela da Fonseca)