Manifestações colocaram de rastos jovens empresários de Nampula

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Nampula (IKWELI) – Alguns empreendedores da província de Nampula contam que encontram-se em situação difícil de recuperar devido a destruição de suas infraestruturas, saques de bens e agressão física, de que foram vítimas durante as diversas fases de manifestações que o país atravessou. 

Segundo Elves Saíde, delegado da Associação Nacional de Jovens Empreendedores (ANJE), em termos de prejuízos, pelo menos, 250 jovens empreendedores foram afectados por agressões físicas, saques de produtos e bens, para além de destruição de estabelecimentos comercias.

“Nos reunimos com jovens empreendedores com o intuito de colher diferentes sensibilidades por causa das manifestações violentas, portanto a associação está preocupada com os acontecimentos, estamos a procura soluções imediatas como a troca de experiências entre os jovens empresários e criar energias.” Disse.

As vítimas andam desesperadas, tal como sugeriu Sanje Sacur, vendedor de comida confeccionada na cidade de Nampula. “Estamos tristes porque fomos vítimas e perdemos duas motorizadas que permitiam a mobilidade e qualidade dos nossos serviços, agora está tudo paralisado, porque não há dinheiro para retomar as actividades”.

A mesma empreendedora acrescentou que “durante as manifestações fomos afectadas de forma significativa, perdemos muitos clientes que procuravam por alimentação e principalmente para o ensino e aprendizagem na área de culinária que muitas vezes dava lucro e supria as necessidades que de certa forma ajudavam no progresso económico da província e não só”.

Abrange Maziva, proprietário de uma loja, conta com tristeza o drama que viveu com a perda de seus bens. “Fui vítima de agressão, partiram o carro e a loja de venda de vestuário foi destruída, esta situação trouxe desgraça, os empreendedores que dependem da actividade para garantir todas as despensas e quando o estabelecimento comercial é destruído abre o espaço para cada vez mais da pobreza.”

Outro jovem empreendedor afectado durante as manifestações é António Francisco, o qual contou que “as manifestações afectaram-nos muito, perdi bens que correspondem a 500.000,00Mt (quinhentos mil meticais), por isso estou paralisado e sem recursos”. (Nelsa Momade)

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