Barragem de Nampula sem água suficiente para todos os munícipes

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Nampula (IKWELI) – A barragem de Nampula, construída sobre o rio Monapo, por sinal a principal fonte de abastecimento de água para a cidade de Nampula, região norte de Moçambique, não tem água suficiente para o consumo da população.

Segundo os técnicos da Administração Regional Águas do Norte (ARA Norte) e da Águas da Região Norte (AdRN), a barragem de Nampula enfrenta uma redução acentuada dos níveis de encaixe, daí que verifica-se a crise no abastecimento de água a população.

No entanto, face a problemática, como alternativa, recorre-se a pequenas fontes de captação de água potável no posto administrativo de Namaita, distrito de Rapale.

“A albufeira de Nampula tem uma capacidade máxima de 3.8 milhões metros cúbicos, esta infra-estrutura foi feita para 120 mil pessoas nos anos 60, mas devido a demanda da população da cidade de Nampula, a fonte de abastecimento de água não consegue suportar durante um ano. A infra-estrutura aguenta até os meses de Junho a Julho, desde já estamos com a capacidade máxima de 30%, estamos a falar de cerca de 1 milhão de metros cúbicos e agora enfrentamos restrições”, disse Carlitos Omar, director da ARA Norte.

Acrescentou que na região, “em Nacala estamos a 92%, Mugica 78%, Netufe 42% e Lichinga 42% estamos bem, em relação a cidade de Nampula, é uma preocupação imensa quando chegamos nos meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro, e passamos por esta crise de falta de água”.

O director da ARA Norte afirmou ainda que existe um fundo do Banco Mundial, de cerca de 150 milhões de dólares que engloba um estudo da construção da nova fonte de abastecimento de água na cidade de Nampula e que “já identificamos a nova fonte que fica no distrito de Rapale, fez-se a divulgação do projecto e estamos na fase de apresentação do projecto como o impacto ambiental, reassentamento, entre outras questões. Esta nova infra-estrutura será 16 vezes maior, com mais de 50 milhões de metros cúbicos para responder a população de Nampula”.

Entretanto o administrador técnico da ADRN, Captine Ernesto, informou que a quantidade de água é inferior em relação a demanda, por isso a instituição decidiu pelo fornecimento faseado da água, acção que culminou com a redução do horário das 8 horas/dia para menos da metade.

“É um grande desafio e agora estamos a distribuir água de forma muito controlada que é para conseguirmos que chegue para todos. Nós saímos das anteriores cerca de 16 horas a 14 horas. Actualmente baixamos para a metade, para cerca de 8 horas e em alguns bairros conseguimos abastecer em 2 horas, mas estamos preparados para situações piores através da fonte de Namaita”, disse.

Na mesma abordagem, o delegado provincial do Instituto Nacional de Meteorologia, Achado Paiva, avançou que “nos meses de Novembro e Outubro, assim como na primeira semana de Dezembro não tivemos chuvas significativas na província de Nampula, para os meses de janeiro e Fevereiro, prevemos que haja precipitação significativa, para que possa satisfazer algumas necessidades do povo”. (Nelsa Momade)

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