Nampula (IKWELI) – No primeiro dia da actual fase de manifestação de repúdio de resultados eleitorais, convocada e codificada de 4×4 pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, o dia laboral começou mais cedo na cidade de Nampula, capital do maior círculo eleitoral do país.
Os trabalhadores saíram mais cedo das suas casas, de forma a não coincidirem com o horário estabelecido para a manifestação.
Desde as 5h30 que as ruas estão abarrotadas de gentes, incluindo lojas de produtos diversos, também, abriram mais cedo as suas portadas, para garantirem alguma receita até as 8h.
No mercado grossista do Waresta, até as 6h30, o movimento era enorme que o engarrafamento tomou conta do local. Operadores de “chapa-100” procuravam, a todo o custo, fazer o máximo de viagens para garantir o mínimo de receita diária.
“Trabalho no Centro de Saúde de Muhala Expansão. Tive de sair mais cedo do que o habitual para poder chegar ao serviço antes da manifestação começar”, disse uma senhora entrevista pelo Ikweli pouco depois das 5h na zona da sipal, onde encontrava-se para tomar um “cahapa-100”.
Um outro cidadão, trabalhador de uma empresa privada na zona de Mutava Rex disse que “ontem, no serviço, decidimos que tínhamos que chegar todos mais cedo, para não ficarmos sem trabalhar, porque no mês passado não recebemos todo o salário, porque o patronato não conseguiu devido as paralisações que tivemos”.
Ao longo da avenida do Trabalho, lojas de vendas de peças de capulana, peças e acessórios de viaturas, peixe fresco e congelado, entre outras estavam aberta até as 6h, porque os proprietários queriam, também, ganhar alguma receita.
“Procurei abrir um pouco para não perder o dia. Não sabemos o que vai acontecer a partir das 8h”, disse o proprietário de uma loja na zona da Faina.
Até as 8h, pelo menos, os principais pontos de ocorrência de manifestações na cidade de Nampula, o ambiente era calmo.
Nota importante é que quem, por conveniência e/ou obrigação devia-se manter-se na rua depois das 8h tinha já colados autocolantes em seu veículo de apoio a manifestação, ainda que não fosse voluntário. (Aunício da Silva)