Maputo (Ikweli) – O Analista Político Dércio Alfazema declarou em entrevista exclusiva ao jornal Ikweli, que o processo crime e de responsabilidade civil, aberto pelo Ministério Público (MP) contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane e o PODEMOS é importante para trazer a consciência aos políticos que eles devem ser responsáveis e sobre as consequências dos seus actos.
Para Alfazema, as dezenas de mortes e feridos em consequência das manifestações não devem em momento algum ficar impunes ” Como todos viram as destruições, mortes, feridos que estamos a ter, isto não pode ficar assim, ficar simplesmente na ideia que estávamos no contexto eleitoral,” disse Alfazema
O analista político entende que o país já é deficiente de recursos, por isso não faz sentido que estejam a decorrer manifestações “Pessoas estão a se matar entre elas, isto não pode ficar assim, precisa haver responsabilização, é preciso que os particulares alvos de vandalização dos seus veículos, estabelecimentos também façam o mesmo, processar Venâncio Mondlane e PODEMOS “, disse o analista.
Quando questionado sobre as alegações levantadas pelo MP relacionadas ao processo, Dércio Alfazema disse” São importantes para o início e é preciso sustentar, há-de ver que Venâncio disse que queria promover terrorismo, 25 dias de terrorismo, essa é uma situação que constitui crime, isso já não é política.”
Por seu turno, o Analista Político Victor da Fonseca, que partilha de uma visão diferente do Alfazema, diz que o processo Cível contra Venâncio Mondhene e ao partido Podemos são manobras que estão a ser criadas para pelo Ministro Público para manipular a justiça Moçambicana”O Ministério público não tem fundamentos suficientes para abrir um processo dessa natureza contra Mondhane,” disse Da Fonseca”
Victor Da Fonseca vai mais longe, ao declarar que deve -se primeiro desencadear um processo crime que assenta essa responsabilidade cívil, uma vez que as pessoas que estão a vandalizar não estão atreladas a Venâncio Mondhlane, tem que se buscar a prova o contraditório em que vertentente o MP arrola esse processo de responsabilidade Civil.
Para Da Fonseca, o MP arranjou um número aleatório para travar o processo de manifestações em curso “será que o Ministério público neste período em que se está diante da manifestação conseguiu avaliar os danos ou prejuízos que o estado Moçambicano teve, ou procurou um número aleatório para atribuir uma responsabilidade civil a um determinado cidadão?” Questionou.
O Analista, entende que há uma necessidade de se rever como é que a procuradoria da república chegou até a esse ponto, porque quen julga casos e aplica multa são os tribunais , que o Ministério público deve também abrir um processo crime contra os agentes da polícia da Quanto as dezenas de mortes perpetradas contra singulares que se supõe que o autor sejam agentes da PRM, analista cita a constituição da República ” A nossa constituição da República no seu artigo 40 diz que ninguém tem o direito de tirar a vida do outro, independentemente da culpa, não sei que manobras o MP fez para abster-se de responsabizar o Ministério do Interior pelos danos mortais e posterior indemnização as vitimas.” (Antónia Mazive )