Nampula (IKWELI) – As sucessivas derrotas que a Renamo têm vindo a somar nas eleições já não agradam aos seus membros na cidade de Nampula, por isso exigem a retirada de Ossufo Momade, na presidência do partido, e Abiba Aba, na delegação política provincial, por estarem certos que estas duas figuras prejudicam a perdiz.
De acordo com Ossufo Ulane, mandatário da Renamo no distrito de Nampula, há necessidade de uma reflexão profunda com intuito de reorganizar o partido, por entender que vai ao abismo.
“Precisamos analisar como está a Renamo hoje e como estava a Renamo ontem, este convite eu faço a todos membros do partido Renamo, consciente de que não tenho mandato para fazer, mas eu sou mandatário do partido e esse convite é necessário porque, como membro, tenho o dever de apoiar o meu partido a crescer politicamente e fazermos uma retrospectiva do que foi a Renamo e o que é hoje”, disse o antigo Director de Gabinete de Paulo Vahanle na autarquia da cidade de Nampula.
Ossufo Ulane reconhece que é tempo de encostar o general Ossufo Momade, para que o partido tenha credibilidade no seio da população. “Lvei um recado do povo e o povo está a pedir para manter a Renamo a nível nacional, temos que convidar o nosso presidente Ossufo Momade para renunciar o cargo de presidente do partido Renamo. A sua renúncia não significa que ele não vale nada,pelo contrário, vale mais, mas estamos a responder a auscultação e a vontade do povo para que a Renamo continue a ser a Renamo que já foi. Outra auscultação a partir de mim, estou a pedir a delegada política provincial do partido Renamo que é cabeça-de-lista a governadora, para renunciar o cargo de delegada e ficarmos a espera do resultado das eleições, só fazendo assim, é que vamos organizar a casa”.
O mandatário distrital da Renamo reitera que “a Renamo foi negligente, teimosa, a Renamo foi cobarde, foi arrogante e os membros da Renamo foram lambebotas demais, e o que está a acontecer é o que estamos a ver, então convido os distritos, localidades, postos administrativos, bairros de todo Moçambique a reflectirem sobre a nossa queda”. (Malito João)