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Pemba: Correspondente da TV Sucesso sofre ameaças de morte

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Pemba (IKWELI) O correspondente da TV Sucesso na cidade de Pemba, Rui Minja, vem, desde o dia 24 agosto,a sofrer ameaças de morte por desconhecidos que o aconselham a abandonar a actividade jornalística.

A informação foi avançada através de um comunicado emitido pelo Misa Moçambique, na última terça-feira (03).

Lê-se no comunicado que tudo aconteceu após a publicação de uma peça de reportagem do jornalista na edição de sexta-feira (23) do Jornal Principal na TVSucesso que dava conta da proibição, por parte de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM)de um piquenique organizado por apoiantes do candidato Venâncio Mondlane na praia do Wimbe em Pemba,província de Cabo Delgado.

Desde aquele dia, o repórter tem recebido chamadas, mensagens e visitas intimidatórias de indivíduos que o ameaçam a abandonar a profissão, porque se assim não o fizer irá perder a vida.

No primeiro dia, os indivíduos em causa efectuaram diversas ligações e pela insistência, o repórter acabou atendendo por volta das duas horas (2h) de madrugada.  Do outro lado da linha, atendeu alguém que o chamou pelo nome e disse que estava do lado de fora da sua residência. Assustado, Minja desligou a chamada e enviou diversas mensagens pedindo ajuda a seus colegas de profissão e a polícia local que de imediato se fez presente.

Quando a polícia chegou, os indivíduos já tinham abandonado o local e ao amanhecer, foi encontrado no seu quintal um boné da Polícia da República de Moçambique em frente ao portão da sua casa, visitou-se a esquadra da PRM para averiguar se algum dos agentes teria reportado a perda de um boné e nenhum dos agentes em serviço havia passado por esta situação, escreve o Misa Moçambique.

Anota o documento que por conta das frequentes ameaças, o repórter viu-se obrigado a abandonar a sua casa e a procurar abrigo em locais seguros. Quando o repórter regressou a sua residência na quarta-feira (28), os indivíduos voltaram a fazer ligações num tom mais ameaçador, dizendo que têm a missão de tirar a vida do repórter custe o que custar porque terão sido contratados por um dos irmãos do repórter por causa da disputa de uma casa deixada por seu pai. O indivíduo garantiu que se o repórter enviasse um montante de sete mil meticais (7.000,00Mt) para ele e seus comparsas abastecerem a viatura e regressarem a sua cidade natal abortariam a missão.

Consta ainda no comunicado do Misa que o repórter terá transferido um valor de cinco mil e quinhentos meticais (5.500 meticais) para os malfeitores, de modo a se ver aliviado do problema. A quando da transferência, via carteira móvel, o contacto acusou o nome de Amisse Luís Moape. Quando tudo parecia calmo, os homens não vergaram, voltaram a entrar em contacto e ameaçaram o repórter dizendo que deveria abandonar a camisola.

O Misa Moçambique repudia este tipo de ações por entender que violam diretamente a liberdade de imprensa, um direito fundamental nas comunidades democráticas e garantiu estar a tomar medidas para proteger o repórter.(Atija Chá)