Nampula ainda com registo preocupante de casos de tuberculose

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Nampula (IKWELI) – Os indicadores de diagnóstico de tuberculose ao nível da província de Nampula, no norte de Moçambique, ainda são preocupantes, de acordo com dados tornados público na segunda-feira da semana passada (30 de julho), durante o lançamento do Programa Stop TB que reuniu vários intervenientes na capital provincial.

Na ocasião, foi relatado que até ao primeiro trimestre deste ano as unidades sanitárias da província de Nampula diagnosticaram o total de 6.935 casos positivos da doença. Em 2020 a província tinha notificado 5.878 casos, mas, em 2023 os casos subiram, em termos de diagnóstico, para 7.984.

Segundo o Supervisor Provincial do Programa de Combate à Tuberculose em Nampula, Nilton Napoleão, ainda assim os pacientes apresentam fraca aderência ao tratamento que como consequência há gravidade da doença e mortes.

Napoleão ajuizou que a problemática de aumento de casos de tuberculose não só abala Nampula, em particular, e Moçambique em geral, mas também todo mundo, estimando que pelo menos 11 mil pessoas morrem por ano vítima da doença.

“Tuberculose é a doença que mais matou desde a sua existência, levando a morte de pelo menos 11 mil pessoas anualmente. É uma das doenças mais antigas e a que mais matou a nível mundial, tirando a covid-19, a tuberculose ocupa em segundo lugar como a doença infecciosa que mais matou nível do mundo”, disse, afirmando que o país é dos com mais índices elevados. “Dentre vários países, Moçambique está lá como um dos maiores países com grande índice da tuberculose”.

Emborra a tuberculose seja uma doença grave, que chegue a levar a morte, ela tem cura quando for bem tratada. Pacientes presentes no lançamento do Programa Stop TB aproveitaram a oportunidade para ajudar as pessoas que estejam a beneficiar do tratamento ou que não se apresentaram ainda ao centro de saúde mais próximo.

Eugénio Siniase relatou que tinha sido diagnosticado tuberculose, mas graças a medição que fez, com determinação, melhorou e hoje como activista luta para combater a doença.

“Comecei a passar mal, muitos dias e depois de tanto sofrer vi me obrigado a aproximar o centro de saúde, fui fazendo vários exames e nada, e com tempo a doença chegou no seu pico, onde não conseguia respirar, mas fui mais uma vez ao centro de saúde, encontrei um médico que viu a minha condição e arranjou-me não sei que produto era, para eu conseguir ir ao hospital José Macamo, cheguei lá numa outra situação completamente debilitada, os membros do hospital chatearam-se comigo e perguntaram porquê é que deixei chegar naquela situação para recorrer ao hospital, a minha família atenta não fez nada além de tirar no plástico de receitas para provar que eu ia a unidade sanitária, dai médicos sentiram-se sensibilizados e colocaram-me numa maquina de Raio X, lá onde descobriram que eu tinha tuberculose”.

E acrescentou que “depois de ficar internado, medicando, fiquei melhor e continuei a medicar até que me livrei da doença, e hoje luto para sensibilizar a situação que como eu alguns não tem conhecimento, agora sou Activista Stop TB”. (Ruth Lemax)

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