Nampula (IKWELI) – Jovens candidatos a professores e em processo de formação, que cumprem os seus estágios em escolas, sobretudo secundárias, da cidade de Nampula, queixam-se de estarem a sofrer de assédio sexual protagonizado por alunas.
Quando entrevistados, alguns professores estagiários, da escola acima citada, relataram que vem sofrendo assédio sexual, dentro do recinto escolar.
“Basicamente, algumas alunas não participam nas minhas aulas, segundo elas por eu ser muito bonito, e por eu não ceder, decidiram não entrar nas minhas aulas”, relata um professor estagiário daquela escola, que preferiu falar no anonimato, e anota que “outras alunas me encaram de um jeito anormal, e fazem elogios, inapropriados, que me deixam desconfortável”.
Esta fonte revelou, também, que teve uma experiência não agradável, em que uma aluna o pegou a força e em zonas íntimas, no recinto escolar.
“O dia que mais me marcou, foi o dia em que fui tocado, num sítio íntimo por uma das alunas, no recinto escolar, e não foi apenas um toque, ela tocou-me e encarou-me de um jeito, como se o olhar falasse que ela quer outras coisas, e naquele dia, fiquei triste, nervoso, mas como professor tive que manter o meu profissionalismo”, disse esta fonte que os dias subsequentes foram caracterizados por comentários inadequados de outras alunas por conta desta situação.
Outros professores estagiários, também, contaram-nos que as alunas têm estado a investir seriamente no assédio, uma prática que desagrada a estes formandos.
As alunas negam a denúncia dos professores estagiários, mas deixam escapar que os mesmos são bonitos.
Albertino Luís, director da escola secundária de Nampula, diz que nunca recebeu uma denúncia desse género.
“É possível que a aluna assedie o professor e o professor aceite e depois a coisa fica resolvida lá, entre o professor e a aluna assediadora, pode acontecer, mas nunca tivemos um caso oficial desses, nem de ouvir fora nos arredores da escola nunca ouvimos”, comenta Luís. (Ruth Lemax)