Nampula (IKWELI) – Em Abril do presente ano, na edição 1422, o Ikweli publicou uma matéria em que uma família residente no distrito de Memba, província de Nampula, extremo norte do País lutava para obter luta um diagnóstico claro de uma doença considerada rara que dificulta a convivência de um menor de apenas sete anos de idade.
Na ocasião, O tio do menino Abu Momade, revelou ao Ikweli que a família passou por diversas unidades sanitárias do distrito até chegar ao Hospital Central de Nampula (HCN), onde viria a ser internado por aproximadamente um mês.
Segundo relatou Domingos Gabriel, tio do menor, após duas semanas, o HCN passou-lhes uma guia de alta alegadamente por este apresentar melhorias.
Para a infelicidade da família, a melhoria não durou muito, pois pouco tempo depois, o menor voltou a ter recaídas.
Nesta quinta-feira (18), passados quatro meses após a alta, Domingos Gabriel, afirmou ao Ikweli que a situação do seu sobrinho continua a mesma e quanto mais o tempo passa a doença só piora.
“Passado alguns dias após a alta, a doença voltou, a barriga e as bochechas voltaram a inchar e, desta vez esta pior e nós como familiares ficamos tristes porque o hospital não diz o que o nosso filho tem”, disse
Um cenário que deixa a família desesperada pois são meses atrás de um diagnóstico claro da doença, mas sem sucesso.
Durante esse período, a fonte conta que chegaram a recorrer as redes sociais para pedir apoio, “já não sabemos mais o que fazer com o nosso filho, recorremos a medicina tradicional, mas sem sucesso, gostaríamos de ter alguma ajuda para tratar o menino, sozinhos já não está a ser possível”.
Por forma a dar seguimento do caso, o Ikweli entrou em contacto com o governo local de Memba, para saber os contornos do assunto.
Na ocasião, em contacto telefónico, o director de saúde de Memba, António Mualeite, garantiu ao Ikweli que o governo local irá envidar esforços para dar seguimento ao caso do pequeno Abu.
“Contactamos a família ainda hoje (18) e, pedimos que eles aproximassem a direcção com todos os documentos do hospital e a partir dai, poderemos dar seguimento ao caso para que o menor possa ter devida assistência”, garantiu.
Enquanto Abu aguarda por intervenção médica, seu corpo continua a inflamar dia-pós dia uma situação que tira esperança e semeia desespero e medo na família. (Ângela da Fonseca)