Nampula (IKWELI) – O Partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) ainda aguarda pelo pronunciamento do Conselho Constitucional (CC) em torno da reclamação levada a cabo por aquela agremiação política, em consequência da exclusão do seu candidato presidencial, Mário Albino.
Recorde-se, a candidatura de Mário Albino, candidato do AMUSI para a presidência da República de Moçambique, foi chumbada pelo Conselho Constitucional, por alegadamente existirem irregularidades no processo, apesar de aquela agremiação política ter conseguido e apresentado aquele órgão, um universo de 19.800 (dezanove mil e oitocentos) proponentes.
Inconformado com a decisão do Conselho Constitucional, o AMUSI remeteu uma reclamação ao CC, onde exige o recuo do órgão e reconsiderar a candidatura de Mário Albino, porque, para aquela agremiação política, não houve irregularidades que merecessem a sua reprovação na corrida.
Aliás, o AMUSI entende que o Conselho Constitucional atropelou a lei, ao não notificar o candidato ou seu mandatário para suprir as prováveis irregularidades que tenham sido constatadas, segundo prevê a lei. Por essa razão, a Acção do Movimento Unido para Salvação Integral, agremiação criada no norte de Moçambique, continua a interpretar que tal posicionamento do CC transparece a tentativa de acabar com a colectividade.
“De facto, a Acção do Movimento Unido para Salvação Integral, AMUSI, chamou mais uma vez a imprensa para mostrar a nossa indignação com relação o silêncio do Conselho Constitucional, porque nós escrevemos ao CC, reclamando sobre a nossa candidatura, a candidatura do partido AMUSI a presidência da República”, começou por dizer Mário Albino, Presidente do AMUSI e candidato excluído da corrida à ponta vermelha.
“Nós queremos dizer que vamos insistir porque a nossa candidatura passou e se o CC diz não, queremos desafiar ao Conselho Constitucional que apresente a notificação que dirigiu ao mandatário deste partido para mostrar sobre as irregularidades, porque a lei prevê claramente que, em caso de irregularidade, deve-se notificar o partido através do mandatário para que supra com as irregularidades porque, como processo de apuramento a lei acredita a existência de irregularidades, por isso nós remetemos 19800 proponentes, estou a falar de assinaturas”, seguiu Mário Albino.
Para o líder do AMUSI, “não vai nos convencer de que esses proponentes todos tinham irregularidades. Se tivesse, de facto noctificava. Por isso estamos aqui de facto a desafiar ao Conselho Constitucional para que apresente a notificação que dirigiu ao mandatário do partido para falar da necessidade de suprimento de irregularidades achadas na candidatura do Mário Albino”.
Apesar de neste momento alguns dos candidatos finalistas estejam em pré-campanha, Mário Albino ainda acredita que o Conselho Constitucional pode vir a mudar de decisão e repescar a candidatura do candidato do AMUSI para participar na corrida.
“Acho eu que ainda vamos a tempo porque nós estamos com o direito de cobrarmos porque a lei não foi observada, alguém violou de maneira premeditada e essas pessoas têm a obrigação de repor a justiça porque esta lei deve ser respeitada a luz dos acordos de Roma, portanto deve ser reposta a justiça na candidatura do Mário Albino”, disse.
Para o político, “enquanto não acontecer vamos usar meios legais. Esse é órgão do Estado, portanto, o Estado vai assumir as irregularidades cometidas pelo Conselho Constitucional. O Estado é supervisor, é mandante, é quem constituiu este órgão, por isso nós vamos até pedir a reposição da nossa imagem que foi colocada em causa, ao falar que a candidatura de Mário Albino foi excluída, sabendo que a candidatura foi aprovada, porque através da lei, se não foi notificada, é porque passou”. (Constantino Henriques)