Secretário de Estado entrega um meio de transporte “estranho” aos moradores de Lunga

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Nampula (IKWELI) – O Secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, fez a entregar de um meio de transporte, no mínimo, estranho para os moradores de Lunga, no distrito de Mossuril.

A 7 de abril do corrente ano, perto de uma centena de moradores de Lunga, que fugia à Ilha de Moçambique, morreu num naufrágio, por isso o governo prometeu tomar medidas para aliviar o sistema de transporte naquele posto administrativo.

Contra todas as expectativas, nesta terça-feira (9), Jaime Neto foi a Lunga, mobilizou um batalhão de funcionários públicos e outros, para fazer a entrega de um tractor articulado, alegadamente para transportar a população.

De vista o meio é assustador, dando sinais de que o mesmo pudesse servir melhor em animais do que em pessoas.

O referido tractor pode transportar até 30 passageiros.

Inocente, a população enalteceu o esforço do governo, tal como comentou Pedro Muaconthe. “Esse transporte fazia muita falta, porque percorríamos distâncias para chegar aos nossos destinos”.

“Sofríamos muito, e com a oferta deste tractor é um sinal que estamos a desenvolver e dá para ver que o governo lembra-se de nós, antes para chegarmos na Ilha (de Moçambique), recorríamos a táxi mota e os preçários eram puxados, e noutras vezes subíamos carros nocturnos ou canoas o que não era seguro para nossas vidas”, acrescentou Maria.

Por outro lado, o Secretário de Estado na província, Jaime Neto, explicou a população os motivos que levaram o executivo a alocar tractor articulado para o transporte das pessoas.

“Olhando para as vias de acesso, o Presidente da República mandatou uma equipa para estudar o tipo de meio que pode vir para aqui para apoiar a população a se movimentar de um lado para o outro, pelo menos de Lunga até Ilha de Moçambique, para Naguema, é por isso que a equipa avaliou que temos que trazer este meio que vocês estão a ver aqui, é um meio muito resistente”, justifica-se Neto.

Por forma a dar sustentabilidade ao próprio meio, Neto avançou que será cobrado um valor simbólico para o seu uso.

“Vão contribuir um bocadinho, não vai ser caro e provavelmente seja o mais barato do que o valor que vocês tiram para fazer travessia de barco. Vamos utilizar este meio com muito cuidado que é para levar muito tempo”.

Importa referir que após o naufrágio, Lunga passou a ter várias intervenções como corrente eléctrica, posto de polícia, furo de água, asfaltagem das vias de acesso, formações aos jovens em diversas especialidades do saber fazer. (Redação)

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