Nampula (IKWELI) – Dois indivíduos foram detidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na cidade de Nampula, indiciados de terem assassinado dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e assaltado estações de abastecimento de combustíveis nos distritos de Meconta (Nacavala) e Monapo.
É o mesmo grupo que, ainda no corrente ano, assaltou outra estação de abastecimento de combustíveis no bairro de Mutauanha, nos arredores da cidade de Nampula, onde um agente de uma empresa de segurança privada foi morto.
A porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal em Nampula, Enina Tsinine, informou que o grupo é composto por diversos indivíduos que estão espalhados em quase em todos os distritos da província de Nampula, com objectivo único de “matar e roubar”.
“A província de Nampula, desde o princípio do ano, foi assolada por assaltos nas bombas de combustível, bem como nas residências com armas de fogo. Tivemos aqui o registo de casos de homicídios no distrito de Meconta, bem como em Monapo, onde foram alvejados dois colegas da PRM que se encontravam a trabalhar nas bombas no acto de policiamento, para além desses locais em que houve assaltos, tivemos também numa das bombas na cidade de Nampula, onde foi igualmente alvejado mortalmente um segurança e, também, tivemos um caso de agressão em bombas de combustível no distrito de Ribáuè, concretamente em Iapala”, recordou Tsinine, explicando que “esses indivíduos foram detidos no âmbito da perseguição, daquilo que foram investigações a partir de últimos indivíduos que nós apresentamos que faziam parte da quadrilha, fomos buscando informações que culminou com a detenção dos dois integrantes que acabamos de apresentar. Esses tomaram parte em vários assaltos”.
A preferência pelos distritos, por parte dos meliantes, é justificada pela fraca fiscalização policial.
Na investigação aos indivíduos, o SERNIC ficou a saber que “eles dizem que alugavam as armas e depois de praticar as acções devolviam ao proprietário que reside no distrito de Mogovolas. Os trabalhos subsequentes que fomos descobrindo que, para além das bombas que eles assaltaram, também tiveram um caso de roubo frustrado na zona da Faina em que a polícia, prontamente, interveio, efetuando disparos para afugentar os mesmos”.
Um dos indivíduos apresentado à imprensa, confessou que “eu fui convidado para fazer parte do grupo, saímos daqui para as bombas de Monapo e quando chegamos lá um grupo se escondeu na mata e outro foi nas bombas atacar e nesse momento eramos seis e quando chegamos um dos meus amigos disparou contra um agente da polícia que estava a trabalhar, depois nos espalhamos, mas não conseguimos levar nada porque o cofre estava a negar se abrir e a segunda vez foi na Resta [mercado grossista] quando tentávamos agredir as bombas a policia nos interpelou e fugimos”. (Malito João)