Nampula (IKWELI) – O Ferroviário de Nampula defronta no próximo domingo (26) o Desportivo de Nacala, em partida da sexta jornada do campeonato nacional em futebol da primeira divisão, Moçambola, aquele que será o terceiro encontro do ano entre as duas formações que representam a província mais populosa de Moçambique na maior prova futebolística nacional.
O primeiro encontro entre ambos contou para a supertaça provincial de Nampula, prova que terminou vencida pelo Desportivo de Nacala, por 1-0. O outro jogo estava inserido nas meias-finais do torneio de abertura que terminou com a vitória do Ferroviário de Nampula, também por 1-0.
Neste momento as duas colectividades estão separadas por apenas dois pontos na tabela classificativa do Moçambola, vantagem para o Ferroviário de Nampula com 10 pontos na segunda posição.
O embate do próximo domingo será disputado no campo do Ferroviário de Nacala, na considerada zona económica especial, e antevê-se que possa ser muito concorrida, a avaliar pela incessante rivalidade entre estas duas agremiações, para além da luta pela melhoria da classificação.
No pretérito fim-de-semana, recorde-se, o Ferroviário de Nampula recebeu e derrotou a União Desportiva de Songo por 3-1, ao passo que o Desportivo de Nacala foi a Pemba arrancar um importante ao Baía local, o que pode ser mais um factor para uma partida electrizante no próximo domingo, em Mathapue.
Artur Macassar, treinador do Ferroviário de Nampula prevê um duelo difícil perante uma equipa que outrora orientou. Entretanto, não deita por terra a possibilidade de sair de Nacala com um resultado satisfatório.
“Vamos a Nacala cientes de que é um terreno difícil. O Desportivo de Nacala está a fazer um bom início do campeonato, uma equipa bem treinada, bem estruturada. É um jogo difícil, mas não impossível. Por isso, o importante neste momento é olhar para o Desportivo como adversário, mas sem o medo e pensar que tudo é possível. Há muito barulho, muita movimentação, mas é um jogo que vai dar para pontuar”, entende o mister Artur Macassar (Turito).
“Estamos aqui a trabalhar, para nós o jogo passado já se foi, deu para fazer os três golos, mas agora estamos focados paras o jogo com o Desportivo, um terreno difícil, mas não impossível, então vamos respeitar o adversário e fazer o nosso jogo”, prosseguiu o técnico dos axinenes de Nampula.
Segundo garantiu o mister Turito, o grupo de trabalho está moralizado face a este tao aguardado jogo. “Nós sempre trabalhamos com o pé assente no chão, sem vaidade, sem menosprezar a ninguém, sem querer se envaidecer, então é preciso jogo a jogo, e cada jogo é uma historia, cada jogo tem suas dificuldades benefícios, então, vamos trabalhar a olhar para um Desportivo como uma equipa qualquer que está neste campeonato porque, neste campeonato não há equipa pequena, todos estão aqui, merecem, a gente se bate na mesma e só ganha o melhor”, enfatizou o desportista, e continuou “vamos a Nacala com esse intuito e os jogadores já se perceberam disso, sabem que para sairmos de lá a sorrir, vamos ter que correr, as oportunidades que vamos conseguir procurar finaliza-los, errar menos, só assim é que poderemos sair de Nacala com um bom resultado”.
Por seu turno, o técnico do Desportivo de Nacala, Carlos Manuel (Caló), também reconhece o bom momento que o Ferroviário de Nampula atravessa, mas que o seu conjunto tudo fará para terminar a sexta jornada com bom resultado. Aliás, lamentou o facto da pressão do público de Nacala tornar-se hostil aos atletas.
“É verdade que este tem cariz especial, por ser um adversário da mesma província, um eterno rival, mas a preparação não difere muito. Temos respeito por aquilo que está a fazer o Ferroviário de Nampula nesta época, está a fazer boa época, vem de uma vitória moralizadora contra a União Desportiva de Songo, há-de vir para Nacala, certamente, para procurar os três pontos. Mas nós estamos a jogar no nosso meio diante do nosso público, um público exigente, é natural que exista alguma pressão, sobre os jogadores”, referiu mister Caló.
“Acredito que este é que deve estar a influenciar de forma negativa no seio dos atletas porque jogando fora, jogam num ambiente pouco hostil, jogam a vontade, desbobinam aquele que é seu futebol, duma forma mais livre. Agora, temos que trabalhar com os jogadores no sentido de fazer perceber que em casa é onde eles devem conseguir os melhores resultados, esquecer aquilo que é a presença do público, que é também a pressão do rival porque há coisas um bocadinho complicadas que acontecem aqui em Nacala, quando a equipa joga pode estar que está em casa, mas o ambiente é fervoroso, mas é normal, é rivalidade que existe entre essas duas equipas aqui no distrito, mas vamos ultrapassar ao andar do tempo, ao andar dos jogos porque a qualidade existe”, acredita o técnico.
Outros jogos da jornada são: Associação Black Bulls – Brera Tchumene, Ferroviário de Lichinga – Costa do Sol, União Desportiva de Songo – Ferroviário da Beira, Textáfrica de Chimoio – Baía de Pemba, Ferroviário de Maputo – Associação Desportiva de Vilankulo. A turma da Black Bulls é líder desta edição do Moçambola com 15 pontos. (Constantino Henriques)