Maputo (IKWELI) – Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM), disse na última segunda-feira (20), em conferência de imprensa em Maputo, que a greve dos profissionais de saúde em curso no país, resultou em mil óbitos passados 21 dias.
As províncias de Sofala e Inhambane são os que mais óbitos registam, segundo a APSUM.
“Comparativamente com os períodos normais, sem a greve, verifica-se uma redução menor de três óbitos a nível de uma província”, disse Muchave.
O líder da APSUM anota que “mesmo que nos ameacem de morte, continuaremos em greve e firmes, lutando para que o povo, ao se dirigir as nossas unidades sanitárias não se angustiem ou se mostrem indignados, só obterá o tratamento de que necessita se na farmácia pública encontrar todos medicamentos que lhe forem receitados”.
Lembrou que “como reivindicação estamos exigindo pagamento de um trabalho que realizamos, que são horas extras e turnos, riscos inerentes as actividades desde o ano 2023, e exigimos que a contagem das horas extras seja ilimitada como é feita para os demais profissionais de saúde que realizam a mesma actividade que nos é muitas das vezes com a carga horária reduzida comparativamente a nossa”.
De acordo com Anselmo Muchave, a APSUM mantém negociação com o governo através do ministério da Saúde. “Estamos a ter uma negociação com o governo, o que na realidade falta é assinarmos os consensos e terminarmos com os acordos até dia 19 já estávamos para terminar e tivemos impasse do último minuto, o governo teve uma agenda por cima desta”, enfatizou a fonte. (Antónia Mazive)