Nampula: Jovem de 25 anos dá à luz a caminho da maternidade de Niarro

Nampula (IKWELI) – Uma jovem, de 25 naos de idade, residente na unidade residencial de Niarro, nos arredores da cidade de Nampula, deu à luz na rua, quando se dirigia a maternidade do centro de saúde local.

Joana Armando, mulher que deu à luz na rua, contou a Ikweli que o acto deu-se na manhã do dia 13 do corrente mês, pouco depois das 5h da manhã.

O centro de saúde de Niarro dista 3 quilómetros da sua residência, uma situação constrangedora para os momentos de fim de uma gestação.

“Sai de casa as 4 horas para o centro de saúde. Não temos transporte e é muito distante, somos obrigados a percorrer uma distância de 3 quilômetros para chegarmos ao Centro de Saúde de Niarro”, conta esta nossa fonte, que recorda-se que “pelo caminho, de repente saiu bebê, de tanto andar muito e já estava cansada, graças a Deus fui ajudada pelo meu marido e minha vizinha, levaram o bebê e eu fui carregada para a maternidade do Niarro”.

Joana diz que as condições em que se encontra a via de acesso, também, propicia estas ocorrências.

A cidadã que prestou os primeiros socorros a nova mãe disse ao Ikweli não ser a primeira vez que partos acontecem a caminho da unidade sanitária, recordando-se de mais de outras mulheres que deram à luz naquele percurso, “mas mesmo depois de acontecer isso foram ao centro de saúde de Niarro”.

Marta Felizardo, também, já deu à luz quando seguia para o centro de saúde de Niarro e ela aponta a falta de transporte como uma das principais causas deste constrangimento, por isso que “gostaria que o governo nos ajudasse com as dificuldades de carros naquele hospital, para levar os doentes graves, principalmente as mulheres grávidas, assim como chapa-100, para em questões de não ser possível esses carros do hospital, a gente ter como chegar no centro de saúde a tempo e hora”.

Esta nossa fonte refere que após o sucedido, quando chegou a maternidade daquela unidade sanitária, viu-se obrigada a pagar 250,00Mt (duzentos e cinquenta meticais) para ter assistência. “Não sei se são as regras do próprio hospital ou são das pessoas que trabalham ali, não sei, quando perguntei uma delas disse que tinha que pagar porque a criança não nasceu no hospital, como se quisesse nascer fora”.

Este dilema porque passam as mulheres de Niarro é entendido como um martírio e desespero pelos residentes daquela circunscrição, os quais têm esperança que as ambulâncias da edilidade possam ajudar na mudança do cenário. (Virgínia Emília)

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