Nampula (IKWELI) – A província de Nampula, no norte do país, registou uma redução drástica de casos da malária durante os primeiros seis meses do corrente ano, sobretudo no período referente a observância do estado de emergência por conta da pandemia da covid-19.
Segundo apurámos, por receio de contaminação pelo coronavírus, muitas pessoas não vão aos hospitais quando se queixam de qualquer outro problema de saúde, o que faz com as estatísticas hospitalares ressintam-se.
Entre Janeiro e Junho do corrente ano de 2020, a mais populosa província do país registou, apenas, 925 (novecentos e vinte e cinco) casos da malária, contra os 140.308 (cento e quarenta mil, trezentos e oito) casos registados no igual período do ano transacto.
O director provincial da Saúde em Nampula, Fernando Mitano, explicou que a redução de casos tem a ver com a falta de consultas nas unidades sanitárias, uma vez que parte da população descarta os serviços básicos de saúde, alegadamente, porque temem a contaminação pelo vírus da covid-19, uma pandemia que já matou mais de uma dezena de moçambicanos.
A cidade de Nampula e os distritos de Malema e Meconta são os que apresentam mais casos da doença, ainda que os restantes, também, apresentem alguns dados de forma equilibrada.
“Nós temos um programa de prevenção à malária em todos o país. Em Nampula, além da educação sanitária, sensibilizamos as pessoas a tomarem cuidado da doença e, igualmente, distribuímos redes mosquiteiras que são instrumentos importantes para a protecção da população, sobretudo as crianças. Damos educação sanitária no sentido de as pessoas limparem os seus lares e destruir os charcos que acumulam águas estagnadas dentro das comunidades”, disse.
O director provincial da Saúde mostrou-se preocupado, ainda, com o facto de casos de diarreia revelarem um aumento. Neste período, a província registou 30.175. a cólera, também, aumentou em 100%, ao registar o total de 560 casos.
“A nossa província apresenta números preocupantes. Entretanto, nos preocupa bastante a situação epidemiológica no geral, sobretudo as doenças de notificação obrigatória, como é o caso da malária, disenteria, diarreia, mordedura canina, entre outras”, concluiu, Fernando Mitano, director provincial da Saúde em Nampula. (Esmeraldo Boquisse)