Nampula (IKWELI) – O artista gráfico Justino Cardoso, na cidade de Nampula, junta-se aos esforços actuais de sensibilização para a prevenção do novo coronavírus, o covid-19, através de uma exposição sobre a doença.
A obra faz parte de um dos capítulos de África Futuro das Europas, uma obra sobre as lideranças africanas, cuja intenção era de expor a banda desenhada que retrata sobre Coronavírus juntamente com a de Ebola, mas devido ao alastramento rápido desta primeira doença, o artista preferiu expor as obras de forma isolada.
“O coronavírus é um problema transversal que deve ser tratado em pé de igualdade e de forma urgente, uma vez que constituí elemento fundamental que ceifa vidas humanas de forma rápida em todo o canto do mundo”, disse Justino Cardoso para depois acrescentar que “é preciso que as pessoas comecem a levar a sério os efeitos desta doença antes que seja tarde demais”.
O mestre Cardoso, como é carinhosamente tratado, sustenta que uma exposição de banda desenhada é fixa, pode ser vista a qualquer altura em relação as outras formas de comunicação, como é o caso de discursos, áudios, entre outras, daí que considera de extrema importância uma exposição que traz um conteúdo de sensibilização sobre como e onde surge o Covid-19 e quais são as medidas de prevenção que as organizações mundiais recomendam, sobretudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A banda desenhada é único género considerado a nível do mundo como a arte de das massas, poucas pessoas resistem a uma exposição colocada num corredor, isto porque suplanta o que as pessoas representam”, sublinhou.
Em entrevista exclusiva ao Ikweli, o artista Justino Cardoso defende a aplicação de medidas coercivas as pessoas que não querem acatar com as recomendações do governo perigando, deste modo, a vida de muita gente no nosso país.
“Quando chegarmos ao limite extremo, eu penso que é essencial tomar-se medidas coercivas para que as pessoas acatem as medidas de prevenção desta doença, no caso concreto o isolamento social. Ainda continuamos a ver pessoas concentradas em muitos sítios e que se houvesse um grupo de voluntários preparados para sensibiliza-los estas pessoas poderiam seguir os conselhos”, precisou o nosso entrevistado para depois sublinhar que “precisamos de trabalhar muito, pouco discurso e vamos ao trabalho e a prática”.
Entretanto, ele refere que antes é preciso lembrar-se que existem pessoas pobres e vulneráveis que não têm condições para estar em isolamento social ou mesmo em quarentena, caso tenham sido desconfiadas de ter a doença, daí que é necessário criar-se condições para esta camada de maneiras que não passem o pior e que seja o fim das suas vidas. (Esmeraldo Boquisse)