Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, recebeu na última terça-feira (13) a missão do Banco Mundial que efectuou na província monitoria do programa MozRural, nos primeiros dias da semana em curso, e pediu a continuidade do mesmo, para garantir a consolidação das acções desenvolvidas.
Para o governante, o MozRural é um programa de mais-valia para a circunscrição que dirige.
Nos últimos 4 anos, segundo disse Abdula, o programa fortaleceu o parque de máquinas agrícolas na província, melhorou a transitabilidade entre as zonas de produção e de comercialização, fortaleceu a capacidade de produção de sementes de qualidade, bem como proveu assistência aos produtores do sector familiar, por isso “é todo nosso interesse, como província, que este programa MozRural tenha uma continuidade por mais algum tempo para podermos consolidar aquilo que é o início dos programas”.
Na reunião com o Banco Mundial, o governador disse que “também, discutimos questões ambientais, a observação do ambiente, por conta dos ciclones que a província tem sofrido e encontramos formas para podermos estar resilientes, termos construções resilientes. Falamos da juventude e emprego, o impacto que estes programas podem trazer para a vida dos jovens e das mulheres na nossa província, portanto, chegamos a conclusão que esta primeira fase trouxe impactos visíveis”.
Com o advento das mudanças climáticas, Abdula não descarta a hipótese de que possa “ter havido retrocessos por causa desses ciclones, mas a conversa foi boa, agora aguardamos para que este programa continue ou seja renovado de forma que a província possa estar consolidada neste processo”.
Nesta ocasião, o governador apresentou a iniciativa do Conselho Executivo Provincial (CEP) da revitalização do centro tecnológico de Namialo, uma unidade visitada pelo Banco Mundial a seu pedido.
Por seu turno, o líder da equipa do Banco Mundial, Blessing Bota, disse ter acolhido os pedidos do governador e prometeu discutir em outras ocasiões a possibilidade para o seu financiamento.
“O Banco [Mundial] tem um grande portfólio, e a maioria deles é rural. Temos, outras intervenções, como a maioria das notas, outros projetos na energia, depois há um novo programa que está a apoiar o corredor de Nacala, do qual Nampula faz parte, e também muitas intervenções que visam melhorar os negócios e o empreendedorismo. Há uma reflexão que devemos fazer para que possamos suportar outros programas,” disse Bota, acrescentando que “a mensagem que podemos retirar é que vamos dar um passo atrás e ver qual a melhor forma de o Banco responder a estes pedidos.”
O MozRural, avaliado em 204 milhões de dólares, é um programa de Economia Rural Sustentável financiado pelo Banco Mundial, baseado no Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), apoia nos sectores de agricultura, meio ambiente, estradas rurais, pequenas e medias empresas do ramo agrícola, desenvolvimento de capacidade institucional, conservação, pescas, entre outros. Já financiou pequenos agricultores com cerca de 598 tratores, 35 Pequenas e Medias Empresas (PME’s) com 11 milhões de dólares norte americanos, financia o Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul), Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Agência Nacional para Controle da Qualidade e Ambiental (AQUA), Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND), a extensão rural, o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (STESAN), incluindo a resposta aos desastres. A primeira fase vai ate junho de 2026, tendo começado em junho de 2021. (Redação)
