Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, é denunciada, pela organização de defesa de direitos humanos Koshukuro, de ter baleado a um jovem, em ambos membros inferiores, na madrugada da última sexta-feira (15), quando a vítima dirigia-se a uma terminal rodoviária.
O acto deu-se na área da 4ª Esquadra, tendo sido agentes afectos àquela subunidade policial os protagonistas, que após o sucedido não deixaram possíveis rastos para a sua responsabilização, ao que a organização denunciante afirma estarem a ser protegidos.
Enquanto a família clama pela justiça, através da porta-voz do comando provincial de Nampula, Rosa Nilsa Chaúque, a corporação já oficializou uma narrativa, alegando que a vítima teria desobedecido a um comando dos seus agentes para parar.
“A polícia efectuou disparos devido a não obediência de paragem que foi dado aos moto-taxistas, este criou uma suspeita em relação ao qual seria os seus objectivos por isso foram efectuando disparos, no sentido que os mesmos pudessem parar para que a polícia seguisse com os seus trabalhos de triagem e averiguar quais eram os reais motivos pelos quais esses se encontravam na via pública, na madrugada do dia 15, não tendo se apercebido que teria alvejado um dos mesmos,” disse Chaúque.
Ainda na sua intervenção, a fonte disse que tomou o conhecimento do incidente, a partir da vítima que teria se deslocado num dos postos de saúde, em busca de socorro, garantido que as investigações decorrem para responsabilizar criminalmente e disciplinarmente os agentes responsáveis do sucedido, enquanto entra em diálogo com os familiares da vítima.
“Tomamos conhecimento a partir da vítima que se fez ao posto, e a polícia teria destacado uma equipe para poder apurar as reais circunstâncias que o mesmo caso ocorreu, neste momento já estamos em comunicação permanente com a família no sentido de dar todo apoio, e também foi destacada uma equipa para fazer uma averiguação, e caso se constate negligência por parte de membros da PRM, que foram escalados para efectuar os trabalhos no dia 15, serão responsabilizados criminalmente e disciplinadamente,” garantiu.
Chaúque frisou, igualmente, que a polícia distancia-se de perturbações públicas, que colocam em risco a vido de cidadãos, alegando que a sua missão é garantir a ordem e tranquilidade públicas. (Virgínia Emília)