Nampula (IKWELI) – O Instituto Boa Esperança (IPOBEN), uma instituição privada vocacionada na formação de técnicos do sector da saúde, graduou na sexta-feira da semana passada (30.05), na cidade de Nampula, 510 novos profissionais, os quais encaram com desafio o mercado de emprego devido a falta de novas contratações, sobretudo pelo Estado.
Chadia Chabane é uma das recém-graduadas e comenta que apesar da inquestionável alegria por ter terminado o curso, a incerteza quanto ao futuro não a deixa em paz. “Estou muito feliz porque não foi fácil esse percurso estudantil, daqui em diante não sei como vou me virar tendo em conta que actualmente o nosso país vive um verdadeiro problema de desemprego, por isso estou preocupada com isso e é muito triste algo que você sonhou bastante para depois saber que vais sentar. A nossa vontade é ter emprego e exercer aquilo que aprendemos.”
Samson Graciano, graduado do curso de técnico medicina geral, equaciona optar pelo auto-emprego, caso não consiga uma colocação. “Tratando-se de uma graduação, um momento único, a nossa perspectiva é posteriormente servir o nosso país da melhor forma possível, mas nessa situação que o país apresenta desemprego, talvez com o curso que fiz com mais apoio posso ter auto-emprego, porque tenho vários sonhos com essa formação.”
Por sua vez, Alarquia Aly, director-geral do IPOBEN, disse que “graduamos com orgulho 510 (quinhentos e dez) novos profissionais de saúde. Moçambique, particularmente a região norte do país, continua a enfrentar défice crónico de profissionais comprometidos com a prestação de serviços básicos de saúde e que contribuem para a disparidade geográfica no acesso ao atendimento. No ano passado, em maio, lançamos ao mercado de emprego cerca de 700 (setecentos) técnicos de saúde e hoje acrescentamos mais 510 (quinhentos e dez), totalizando 1210 (mil e duzentos e dez) quadros formados nos últimos 2 anos.
Dos 510 profissionais lançados ao mercado, 390 são mulheres, sendo que 185 são técnicos de enfermagem geral, 153 técnicos de medicina geral e 172 técnicos de saúde materno infantil. (Malito João)