Por não aderência aos mercados: Edilidade de Nampula não consegue arrecadar 45% da receita planificada

Nampula (IKWELI) – O conselho autárquico da cidade de Nampula diz que perde cerca de 45% do que devia colectar como receita em taxas e impostos, em consequência da não aderência aos mercados por parte dos comerciantes.

Segundo sabe o Ikweli, os vendedores negam-se a ir aos mercados por conta da distância que os seus clientes devem percorrer, como também por os mesmos não disporem de condições mínimas de saneamento.

Os comerciantes optam por disputar espaço com viaturas, sendo os principais pontos de concentração, os passeios e a entrada da estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Zona da padaria Nampula (na avenida do Trabalho), avenida Paulo Samuel Kankhomba, locais que no momento encontram-se bloqueados, dificultando a transitabilidade de pessoas e bens.

Em reação a situação, o vereador do pelouro de Mercados e Feiras no conselho autárquico da cidade de Nampula, Augusto Tauancha, explica ao Ikweli que há um plano de reabilitar os mercados que foram desocupados. 

“Temos 7 mercados que foram abandonados, concretamente Mphavara, o posto administrativo de Napipine, memória, Gulamo, também conhecido por Comauto, Pinto soares, 25 de Junho, também conhecido por mercado de Amurane, localizado no bairro de Muhala Expansão e o mercado de Namutequeliua. Desses mercados, alguns têm a capacidade de albergar 192 bancas convencionais não utilizadas, mas estamos a ter dificuldades em colocar comerciantes informais nesses locais.”

Tauancha explica, igualmente, que existe vontade do município em reabilitar os mercados, mas coloca como condição o pagamento das taxas e como tal não esta a acontecer a situação tem criado um défice de 45% aos cofres do município.

Aquele responsável, nega igualmente que os vendedores tenham abandonado o mercado devido a falta de condições.

A nossa equipe de reportagem entrevistou alguns comerciantes informais, na sua maioria são jovens do sexo masculino. “É verdade que o conselho municipal veio um dia falar connosco, mas o que está a acontecer é que esses mercados que eles dizem para a gente ir, clientes não chegam lá para comprar e nós queremos vender para sustentar os nossos filhos, uma vez que não tenho emprego,” disse Armindo José, vendedor de legumes.

Enquanto isso, há quem diz que para voltar aos mercados, os mesmos devem ser reorganizados. “Para esses comerciantes voltarem para esses mercados, não será nada fácil, porque aqui clientes é mais fácil comprarem os nossos produtos, diferente desses mercados, apesar de estarmos a arriscar as nossas vidas, e é normal sempre estarmos a ver pessoas a serem atropelados por causa da insuficiência de espaço para circular carros, ontem mesmo um nosso colega também comerciante, foi atropelado enquanto estava sentado.” (Virgínia Emília)

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