Nampula (IKWELI) – A novela da escassez de combustíveis, sobretudo a gasolina, que se verifica um pouco por todo o país, está a gerar diversas interpretações por parte de automobilistas, mototaxistas, assim como operadores de transporte semicolectivo de passageiros e desta vez, juntam-se àlista, gestores das bombas de combustíveis que rebatem os pronunciamentos segundo os quais estejam a reter a gasolina para beneficiar uma certa classe.
As bombas de combustíveis em Nampula enfrentam momentos de restrição no fornecimento da gasolina, facto que gerou alguma revolta por parte dos clientes do líquido que tem vindo a tornar-se precioso, mas o gestor das bombas de combustível Eco, Miguel Amorim,esclarece que a restrição no fornecimento não visa beneficiar uma classe especial, mas permitir que todos possam, ainda que em quantidades limitadas,abastecer.
Aquele gestor explicou, igualmente, que a crise que tem vindo a se verificar, não é da responsabilidade das bombas de combustível, mas sim das importadoras.“Não é da responsabilidade das bombas a crise de combustível, é mais por parte das importadoras e são situações que não competem a nós na qualidade de retalhistas virmos abordar aqui em público, e quanto as acusações feitas pelos automobilistas, isso em algum momento tem sido feito por eles, que aproximam aos nossos postos, abastecem o tanque cheio e em contrapartida colocam nos galões, abastecendo o mercado negro.”
Amorim rebateu, igualmente, que se esteja a beneficiar carros do governo, justificando que “nós na qualidade de empresas temos firmado contratos com os nossos clientes, o que faz com que quando temos baixo stock somos obrigados a restringir o fornecimento para cumprir com os nossos contratos, não tem nada a ver com beneficiar uma certa classe.”
Quando questionado se a marcha agendada para o próximo sábado poderá ter algum efeito, respondeu nos seguintes moldes “acredito que a marcha não vai influenciar em algo positivo, porque este assunto não é da competência dos recursos minerais e nem de nós como retalhistas, tem a ver com o Banco de Moçambique que é responsável pelas divisas e talvez a Autoridade Tributária, então não haverá mudança.”
Refira-se que a crise de combustível já vai na sua segunda semana e até ao momento não houve qualquer pronunciamento por parte das autoridades governamentais, facto que tem estado a gerar diversas reações em mototaxistas, assim como operadores de transporte semicolectivo de passageiros, na capital do norte, que equacionam agravar os preços. (Felismina Maposse)
