Nampula (IKWELI) – Algumas mulheres na cidade de Nampula, considera capital do norte do país, manifestaram na manhã desta quinta-feira (1) a sua firmeza em continuar a lutar pela emancipação e inclusão nos trabalhos a vários níveis.
A margem das celebrações do dia internacional dotrabalhador, na praça dos heróis moçambicanos, que foi celebrado sob lema “Pelos direitos laborais e sindical – A luta continua”, as mulheres garantiram que jamais serão roubadas alegria.
Lídia Armando, vendedora de produtos alimentaresconfeccionados e artesa que, também decidiu participar na cerimônia na praça dos heróis moçambicanos, disse que o desafio foi enorme para poder fazer parte das cerimónias, porque entendia somente as pessoas com um emprego sucedido é que deveriam fazer parte das festividades.
“Eu faço várias actividades comerciais e quando chega tempo de festa tenho aproximado aqui na praça para pintar mussiro várias mulheres que precisam, mas hoje decidi além de vir colocar mussiro e vender alguma coisa tinha, também vir participar da cerimónia, já que com esse meu negócio consigo sustentar a minha família, então olho como grande trabalho, com seis filhos que eu tenho e através dessa minha actuação consigo sobreviver”.
Francisca Tomás, outra mulher na praça dos heróis,disse que a felicidade é enorme por estar ao lado dehomens a comemorar o dia internacional dotrabalhador, o que antigamente não acontecia e deixa um alerta as mulheres do país. “Nesta altura em que o governo da nossa província continua a lutar pela emancipação da mulher a vários níveis, a minha opinião é de que as mulheres não devem ficar no tempo, devem se impor porque todas as mulheres, assim como os homens, são iguais, com isso quer hoje em dia a mulher pode ser carpinteira, ou mesmo trabalhar na serralharia, então com isso não restam dúvidas que estamos a caminho para um verdadeiro sentido da emancipação da mulher, por isso que digo coragem e determinação para mulheres, porque cada uma onde está, está a trabalhar e está ajudar o desenvolvimento do país e,de modo particular, da província de Nampula”.
Agira Souza, outra mulher vendedeira de produtos alimentares, disse que apesar dos desafios social e político que o país enfrenta, a mulher ainda continua posicionada. “Eu como mulher prefiro vender,porque sou patroa de mim mesma, aliás não dependo de ninguém para me dar salário mínimo,porque sei como fazer dinheiro, então peço asoutras mulheres para que sigam esse exemplo,porque todo tipo de trabalho basta seja digno é sustentável”, exortou.
Regina Abudo, outra mulher trabalhadora, fez saber que antes ela vendia comida na rua, mas quando fraturou o braço acabou não tendo como forças de avançar e abraçou um outro negócio que é colocar mussiro na cara das mulheres, não somente em dias festivos “e com esses trocos consigo sustentar os meus filhos”.
Irene Mega, administradora do distrito de Nampula, também não poupou o seu esforço ao reconhecer o papel preponderante da mulher, que mesmo com vários desafios continua firme. (Malito João)