Governador de Nampula visita sector da Educação e mostra preocupação com a saúde do mesmo

Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, visitou, de surpresa, na manha desta sexta-feira (2) a direcção provincial da Educação (DPE) e não ficou nada feliz com o que viu, sobretudo na Inspecção e no Armazém.
Abdula foi recebido na sede da DPE, tendo de seguida visitado a Unidade de Controle Interno, também conhecida por Inspecção Provincial da Educação, e mais tarde foi a um dos armazéns da instituição.
Na Unidade de Controlo Interno, o governador fez várias questões, como a assiduidade dos alunos, professores e gestores escolares, cobranças ilícitas, bem como a questão das obras do sector abandonada.
As repostas não agradaram ao governante. Na defensiva, o chefe daquela unidade deu explicações pouco convincente, demonstrando incapacidade de lidar com os problemas do seu sector.
“Vocês não vão lá [nas escolas] inspecionar?” perguntou o governador ao chefe da Unidade de Controle Interno, ao que teve uma reposta vaga, mas mesmo assim prosseguiu pergunta sobre “o que nós fizemos com as denúncias que recebemos no passado? Fomos lá verificar se estava a acontecer ou não?”.
Já na saída do armazém arrendado e com meses de pagamento em atraso, Abdula disse estar “zangado, desapontado e triste. Saio daqui altamente desapontado”. “Isto é grave. Estamos há quatro anos num espaço alugado, sem contrato. Não podemos continuar assim. Posso dizer que há um esquema aqui? Não sei. Não é minha função investigar isso. Mas o que posso afirmar é que o nosso sistema não está saudável”
O sector de obras na Educação chamou, também, muita atenção ao governador, referindo que “temos obras inacabadas, muitas reclamações da sociedade civil e, na verdade, muitos dos problemas são da nossa própria responsabilidade, como Governo”.
“Temos obras que datam de 2018, com prazos de seis meses, e já se passaram seis anos. Quero um relatório completo em cinco dias úteis: quais são as empresas, o que foi pago e porquê. Precisamos saber se os fundos foram desviados ou mal aplicados,” concluiu. (Redação)

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