Nampula (IKWELI) – Faleceu na manha desta segunda-feira (21), Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, o primeiro clérigo da americana latina e o primeiro jesuíta a ocupar o mais alto cargo da igreja católica.
Também conhecido como Papa dos Pobres, Francisco trouxe ao vaticano o nome e o espírito de São Francisco de Assis, onde desde 2014 mostrou cometimento com os marginalizados.
Não poucas vezes, o Papa Francisco rezou pela situação de terrorismo na província de Cabo Delgado, em Moçambique.
No seio da igreja católica, Francisco operou reformas, como sendo o caso de nomeação de mulheres para cargos-chaves na cúria, como também abriu espaço para discussões em torno de questões sensíveis na igreja, como a homossexualidade.
Durante o seu reinado, Papa Francisco não deixou de lado o diálogo inter-religioso.
Francisco morre aos 88 anos de idade.
O sentimento dos fiéis
Os fiéis da igreja católica apostólica Romana em Nampula, encaram a morte aos 88 anos idade de Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, como sinal de missão cumprida, por entender que o pontífice se destacou no movimento renovador no campo pastoral.
Em entrevista ao Ikweli na manhã desta segunda-feira (21), o padre José Luzia, disse não estar surpreendido com a morte do santo padre, tendo em conta a luta pela saúde que teve durante muito tempo. “Não estou nada surpreendido, aliás eu digo que o Papa Francisco falhou naquilo que seria uma das suas melhores lições, que era a renúncia ao papado, eu penso que ele tinha feito isso e teria sido uma lição magnifica para toda igreja e para todo mundo, provavelmente os seus amigos da saúde também já deram lucidez suficiente para poder tomar esse gesto que para mim seria magnifico, mas é evidente que o facto de morrer no exercício do seu ministério papal nada enxovalha a grandeza do papa que foi, o grande recuperador da dimensão renovadora da igreja que estava um pouco adormecida.”
Edmundo Namucala, um dos crentes da paróquia de São Pedro de Napipine, explicou que a morte do Papa Francisco é uma notícia muito chocante por ser alguém que representava o ponto mais alto da igreja católica no mundo. “É uma triste notícia, mas no entanto por mais que seja triste, não deixa de ser uma notícia confortante, porque Cristo, Jesus nos diz que nessa vida somos passageiros que a nossa morada é lá no céu, por isso espero que essas palavras unam a todos cristãos católicos, de modo que não fiquem muito abalados com a triste notícia da morte Dom Santo padre.”
Por outro lado, Juma Artur, membro da comunicação social da arquidiocese de Nampula, entende que morreu o papa da juventude. “O Papa Francisco era muito atencioso a juventude, por isso perdemos um líder da igreja católica no seu verdadeiro sentido, mas a oração e esperança é única arma que devemos usar neste momento, porque depois da doença que tanto apoquentou ao papa, a gente contava que um dia estaria na convivência eclesial.”
Já a Irmã Francinete Maria Ribeiro, presidente cessante da Comissão Arquidiocesana da Juventude, comentou que é com profunda dor que acompanhou a morte do Papa Francisco, sabendo que a sua vida estava dedicada ao serviço da igreja e a caridade, por isso deixou um vazio enorme.
Lembre-se que o Papa Francisco visitou Moçambique em setembro de 2019, com o objectivo de promover Paz, Esperança e Reconciliação, no seio dos moçambicanos, sendo este o 266º Papa e que liderou a igreja desde Março de 2013. (Malito João e Redação)
