Maputo (IKWELI) – A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) mostra-se preocupada e apreensiva com a tentativa de assassinato de Joel Amaral, músico e político popularmente conhecido por “MC Trufafa” ocorrido no último domingo (12) na cidade de Quelimane, província da Zambézia.
Em comunicado de imprensa, a OAM afirma que o frustrado assassinato representa não apenas um ataque ao Estado de Direito, mas encarna uma incompressível intolerância política que vem ganhando espaço desde o processo eleitoral findo, com nítida desigualdade de armas.
“Deve ficar claro que a mobilização de uma sociedade deve ser feita em nome dos valores da liberdade, justiça e da dignidade da pessoa humana, em que os valores são o fim e não um instrumento,” lê-se no comunicado.
No entanto, o comunicado refere que Moçambique está longe de atingir a honestidade, devido a incapacidade de defender o cidadão e o pensamento diferente. Também a OAM entende que na vida democrático, para além de ser plural, há lugar para todos.
“Antes mesmo das ideologias, somos humanos e devemos esta condição. É repugnante pensar em assassinar outro semelhante, porque pensa diferente. Devemos pensar numa reconciliação genuína e verdadeira, em que amnistia não é um perdão, não significa o triunfo dos vencedores sobre os vencidos.”
No mesmo pensamento, a OAM reconhece que as redes clandestinas que visam sacrificar liberdade e direitos consagrada constitucional e legalmente, devem ser profundamente combatidas na sociedade, pois representam novas formas de violência, intolerância e opressão, sem culpados e, mais preocupante, se não forem investigadas. (Nelsa Momade)