Nampula (IKWELI) – Um guarda prisional afecto ao Estabelecimento Penitenciário Regional Norte, na cidade de Nampula, foi recolhido para os calabouçospor alegado envolvimento em um caso de circulaçãode drogas naquele local.
Ermelindo Mairrose Portugal, porta-voz da instituição, disse a imprensa na última segunda-feira (14) que a droga era destinada para os reclusos que ali cumprem penas.
Segundo sabe o Ikweli, a detenção do referido guarda prisional deu-se na sequência da apreensão de uma quantidade cannabis sativa, vulgarmente conhecido por soruma naquela instituição penitência pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e outras instituições de justiça, facto que culminou com a inceneração da mesma.
“Eu trago uma versão sobre a apreensão da droga no nosso estabelecimento penitenciário, dizer que numa certa data que não posso precisar, um colega foi neutralizado no portão 1 que fica a quase 500 metros do interior penal com uma quantidade de droga de quase 1 kg, vulgo soruma. O colega emcausa foi neutralizado por uma equipa de inteligência penitenciária e terá sido encaminhado as instâncias competentes, instaurado um processo criminal e um processo disciplinar que ainda está em curso.”
Portugal sublinhou, igualmente, que a detenção do seu colega aconteceu antes de entrar no interior penal. “Ele estava devidamente escalado naquele dia, estava de serviço, não posso precisar agora aexplicação porque tem uma equipa competente que está a investigar, ainda não temos soluções, temos um detido e a droga ia directamente no estabelecimento penitenciário no interior, isso tenho certeza.”
Quando questionado sobre como interpreta o cenário todo, tendo em conta que trata-se de um guarda que no lugar de salvaguardar a segurança dos prisioneiros atrevia-se a dar drogas, o porta-voz justificou que “isso chama-se crime em primeiro lugar e como eu disse tem entidades competentes para esclarecer isso, nós só apreendemos a droga, não entrou no interior e é a primeira vez que isso acontece. Como porta-voz estou triste sim com esse cenário, ninguém ficaria contente.”
Durante uma coletiva de imprensa, a margem da incineração de mais de 150 kg de droga diversa, a porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula, Enina Tsinine, garantiu que os trabalhos de investigação continuam no sentido de responsabilizar os envolvidos no abastecimento de droga aos reclusos. (Malito João)