Governo de Nampula convida mulheres a engajarem-se nos preparativos dos 50 anos da independência

Nampula (IKWELI) – O governo da província de Nampula, no norte de Moçambique, convida a todas as mulheres a estarem engajadas nos preparativos das celebrações dos 50 de independência nacional que o país comemora no presente ano no próximo dia 25 de Junho.

O convite foi formulado nesta segunda-feira (07), pelo Secretário de Estado na província, Plácido Pereira, no âmbito das celebrações do dia da mulher moçambicana. 

De acordo com o dirigente, a preparação das celebrações do 25 de Junho, dia da Independência, deve atrair atenção e dedicação, assegurando a realização de diversas actividades, para que as comemorações sejam marcantes.

“Celebramos o 7 de Abril deste ano de 2025, num momento particular em que preparamos a celebração da comemoração dos 50 anos do Moçambique independente. Exortamos para que emprestem o vosso saber, e em particular à juventude, através de palestras, seminários, simpósios entre outras, transmitam o vosso conhecimento e experiência sobre os momentos históricos que caracterizaram o nosso passado”.

Na ocasião, Pereira destacou alguns avanços que as mulheres foram alcançadas ao longo desses 50 anos de independência. 

“Frisar que durante este período, apesar dos desafios que ainda nos preocupam, podemos celebrar avanços notáveis no que respeita a mulher moçambicana, pois, contamos com mais mulheres formadas, mais mulheres imponderadas, mais mulheres emancipadas e muitas ocupando lugares cimeiros na vida política e económica do País, como fruto da independência”.

O dia da mulher moçambicana é celebrado igualmente numa data em que o Estadista moçambicano, Daniel Chapo, lançou no distrito de Nangade, província de Cabo Delgado a marcha que transportará a Chama da Unidade do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico. Trata-se da tocha que deverá passar de mão em mão percorrendo todas as províncias devendo culminar no Estádio da Machava na província de Maputo no dia 25 de Junho. 

Por isso, Plácido Pereira, exorta as autoridades locais, partidos políticos bem como a população no geral a participarem da marcha, realizando atividades tais como feiras de saúde, agrícolas, emissão de bilhetes de identidade e passaportes entre outras.

Por outro lado, a representante do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana, Joaquina dos Santos, lembra que a mulher de hoje em dia esta emancipada pois já pode ser vista a ocupar cargos de liderança no seu local de trabalho, ao mesmo tempo que cuida do seu lar. 

“Ela agora está emancipada, tem uma liberdade de expressão e tem o direito de escolher um marido, sabemos que no tempo colonial ela sofria dupla escravatura, pois sofria com o próprio marido e com o patronato que lhe punha a trabalhar sem receber nada. Mas hoje a mulher trabalha e recebe o seu próprio valor”.

Enquanto isso, as mulheres trajadas a rigor através da capulana e mussiro na cara, presentes na praça dos heróis moçambicanos na cidade de Nampula, pedem o governo de Moçambique, parceiros de cooperação e a sociedade civil para travar todo tipo violações dos direitos das mulheres de forma particular o analfabetismo, a pobreza nas zonas rurais, impactos negativos das mudanças climáticas e o terrorismo em Cabo Delgado que continua como um desafio. 

Entrevista ao Ikweli, uma mulher que apenas identificou-se por Ana, explicou que celebrar o dia 07 de abril representa um marco importante para todas as mulheres e permite a reflecção sobre os direitos e deves das mulheres enquanto residente numa sociedade de machismo e entre outros factores sócio cultural que constitui barreira para o desenvolvimento.

Outra mulher que aceitou falar a equipa do jornal Ikweli presente na praça dos heróis moçambicanos para transmitir passo a passo o dia das mulheres, Carolina Simões, sem avançar dados números, acredita que a violação doméstica das mulheres em Nampula ainda é preocupante.

“Ser mulher é ser resiliente e por isso precisamos comemorar o dia com a legre, continuaremos a lutar para seguir o exemplo da Josina Machel que morreu lutando para a independência do país e das mulheres de forma geral”.

Ainda por ocasião do dia da mulher moçambicana celebrado nesta última segunda-feira (07), a dona Carolina Simões, exorta as mulheres em Nampula a optarem pelo bom convívio e na união para o alcance da paz, justiça social e a reconciliação nacional.

Para Zena Bacar, reconhece que a mulher é um pilar para o desenvolvimento da nação e dai que ” precisamos lutar para elevar a mulher, ainda a mulher é um catalisador para o contributo do bem-estar socioeconómico e por isso a mulher deve estar na dianteira da tomada de decisão e inserir-se na vida política”. (Ângela da Fonseca e Nelsa Momade)

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