Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, já começou a recuperar as armas roubadas durante as incursões de manifestantes que assaltaram as suas subunidades, mataram seus agentes e destruíram as suas infra-estruturas.
Nesta terça-feira (11), o comando provincial apresentou dois manifestantes que guardavam 6 armas retiradas forçosamente da corporação. Os dois detidos são confessos e, um deles, foi levado na sua casa, enfermo, o que levou aos defensores de direitos humanos que se colocam-se em démarches para a sua libertação.
Dércio Samuel, chefe do departamento de Relações Públicas no comando provincial da PRM de Nampula, confirmou a imprensa a recuperação de 6 armas de fogo, todas roubadas no bairro de Namicopo, precisamente na 3ª e 5ª Esquadras.
“No dia 23 de dezembro de 2024, um grupo não especificado, mascarados, munidos de duas armas de fogo de tipo AK47 e com instrumentos contundente, picantes e cortantes, dirigiram-se a 3ª esquadra onde alvejaram mortalmente um membro da PRM que encontrava-se em serviço e incendiaram o edifício e uma viatura”, recorda-se a fonte, prosseguindo que “no dia 7 de janeiro, os indivíduos foram detidos, um deles foi recuperado na sua posse uma arma de fogo do tipo AK47, o mesmo teria protagonizado assaltos a mão armada com a mesma arma contra os comerciantes no bairro de Carrupeia, onde apoderou-se de um valor monetário de 17.000,00Mt (dezassete mil maticais) e outros comerciantes no bairro Namicopo, onde teria se apoderado de vários telemóveis, esse teria confessado que teria consigo 5 armas de fogo, sendo 4 tipo AK47 e uma pistola. Das diligências que a polícia fez com o mesmo, teria falado que as armas encontravam-se guardadas na residência do seu primo que encontrava-se a residir no distrito de Muecate, concretamente no posto administrativo de Imala”.

Um dos indiciados, que deu testemunho à imprensa, anotou que “fui detido com cinco armas que estavam na minha posse, as armas foi eu que solicitei, porque eu só apoiante de Venâncio Mondlane, lá no partido tivemos uma organização de segurança que era para fazer a linha do choque para defender a população na altura de fazer uma marcha”. (Virgínia Emília)