Nampula (IKWELI) – Pelo menos 101 jovens desfavorecidos, maioritariamente raparigas, que beneficiaram de cursos de curto duração em diversas áreas de saber fazer tiveram acesso ao emprego na província de Nampula.
São jovens da idade compreendida entre os 18 e 25 anos de idade, os quais participaram de cursos promovidos por entidades de natureza social.
Cheila Eduardo, de 20 anos de idade, é uma das beneficiárias, e conseguiu emprego na empresa Águas da Região Norte (AdRN) após participar numa formação promovida pela associação Muva.
“Através da associação Muva consegui a formação de curta duração, agora trabalho e consigo ajudar a minha mãe e outros meus irmãos em fase escolar”, disse a jovem, comentando que “sei que alguns jovens ainda continuam a enfrentar dificuldade no emprego e autoemprego, mas é preciso a persistência e paciência, porque todos nos temos habilidades”.
Outro entrevistado pelo Ikweli é Omar Issufo, o qual explicou que “venho de uma família muito pobre e através da formação mostrei o meu potencial e agora fui contratado na Águas da Região Norte, na área comercial”, com “o dinheiro que ganho consigo satisfazer as necessidades no seio da minha família”.
Enquanto isso, para o director da Área Operacional de Nampula da AdRN, Hermelindo Bonifácio, considera que os estagiários vindos da formação da associação Muva contribuíram da melhor forma na assistência técnica, comercial e gestão de água.
“Como instituição recebemos os jovens formados pela associação Muva e somente quatro foram contratados e fazem parte do género”, disse.
Por outro lado, o técnico de inserção laboral na associação Muva, em Nampula, Wilson Manuel, garante que após a formação profissional de atendimento ao cliente e servente de mesa, pelo menos, 101 jovens desfavorecidos tiveram acesso ao emprego.
“Estamos a trabalhar em prol do empoderamento económico, no entanto, há muita coocorrência no mercado de trabalho e tal como os factores culturas continuam a impedir o acesso ao desenvolvimento profissional das mulheres na região norte do país e afecta negativamente a economia do país em geral”, anotou.
Wilson Manuel entende que o mercado de trabalho para os jovens continua desafiante e o quadro económico das empresas não consegue suportar as despesas, tal como financiamento do estágio profissional aos jovens.
“A lógica é que formamos jovens que vêm de famílias de baixa renda, mas como associação temos conseguido resultados consideráveis a nível dos nossos programas que incluímos o empoderamento económico da mulher”, concluiu esta fonte. (Nelsa Momade)