Nampula (IKWELI) – O ciclone tropical “Chido”, que no passado dia 15 do mês em curso, afectou a região norte de Moçambique, deixou sem abrigo um total de 70.095 pessoas após ter destruído cerca de 14.019 casas pertencentes a igual número de famílias, na sua maioria mulheres, crianças e apenas houve registo de um óbito no distrito de Eráti, província de Nampula.
Informações partilhadas na última quarta-feira (18), pelo administrador do distrito, Manuel Manussa, 23 pessoas deram entrada no hospital distrital de Namapa, desse número, 5 ficaram internadas devido as fracturas da expostas e traumas.
Por conta do ciclone, cerca de 235 salas de aula, das quais 43 convencionais e 192 de construção precária foram destruídas em 62 escolas, o que poderá afectar 16.217 alunos, bem como 182 professores.
No computo geral, “Chido” destruiu quase todas as infra-estruturas públicas e privadas existentes naquele distrito, desde hospitais, escolas, igrejas, blocos administrativos.
“De igual modo, houve a destruição de 15 blocos administrativos, 215 carteiras escolares e 26.475 livros escolares. Na componente de infra-estruturas, caracterizamos essas 43 salas de aula parcialmente destruídas e 192 totalmente destruídas. Importa referir que das 62 escolas destruídas, 3 são secundárias e 59 primárias”.
Por sua vez, o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, fez saber que o governo está a prestar apoio alimentar e psicológico as famílias afectadas para que possam recuperar rapidamente.
“Estamos a trabalhar no sentido de restabelecer a vida normal dessas pessoas, todo trabalho que vamos fazer nos próximos tempos é de recuperar tudo o que foi destruído e evidentemente só com o apoio dos nossos parceiros.”
Mais de quatrocentos mil habitantes daquele distrito correm o risco de passar fome nos próximos dias, devido ao “Chido” que destruiu parte dos produtos agrícolas da população, tal como explicou o administrador. (Ângela da Fonseca)