Centena e meia de garimpeiros ilegais continuam a “caçar” rubis na concessão da MRM

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Montepuez (IKWELI) – Na sexta-feira, 15 de Novembro de 2024, a Montepuez Ruby Mining (MRM) sofreu outra incursão de grande dimensão na sua mina Maningue Nice, que foi invadida por cerca de 150 pessoas.

No início da incursão, segundo um comunicado de imprensa da assessoria da MRM, os envolvidos fizeram reféns um membro da PRM (Polícia da República de Moçambique) e um segurança contratado, ameaçando-os para não pedirem ajuda. Quando os reforços chegaram, os dois reféns foram libertados sem ferimentos.

As equipas de segurança da MRM identificaram o líder como Airos Samuel Tolecha (também conhecido como “Boica”). Tolecha foi acusado em várias ocasiões anteriores, na esquadra da polícia de Namanhumbir, de outras incursões na MRM. A 6 de Setembro de 2024, o Tolecha foi detido pela PRM e levado para a esquadra da polícia de Namanhumbir. Ele evadiu-se da prisão pouco tempo depois.

De acordo com a mesma nota de imprensa, “os participantes recebiam 200,00Mt  (duzentos meticais) para se juntarem à incursão e era-lhes oferecido mais 500,00Mt (quinhentos meticais) se regressassem com sacos de “camada” contendo cascalho com rubis; A incursão foi organizada por “Laye”, um conhecido comprador ilegal de rubis da Guiné; e A incursão foi financiada por um indivíduo de nome “Zacare Idrisse” que se crê ser de nacionalidade nigeriana ou guineense”.

No total, foram detidos 44 cidadãos estrangeiros relacionados com a exploração mineira ilegal na MRM em 2024, como também, as autoridades a nível distrital, provincial e nacional foram notificadas do incidente.

A MRM desenvolve actividades de comunicação contínuas para alertar para os perigos da exploração mineira ilegal, sensibilizando as comunidades vizinhas (onde os mineiros ilegais muitas vezes se abrigam temporariamente) para os perigos da exploração mineira ilegal, a fim de dissuadir os indivíduos de se colocarem a si próprios e aos outros em risco.

Este incidente foi levado à atenção das autoridades, tanto a nível provincial como federal, na esperança de que sejam tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que financiam, facilitam e encorajam o comércio ilegal de rubis moçambicanos, que prejudica Moçambique e o seu povo devido à perda de vidas e à privação das tão necessárias receitas fiscais provenientes dos recursos minerais de Moçambique. (Redação)

 

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