No arranque da 4ª fase das manifestações “Chapa-100” circulou a meio gás em alguns pontos da cidade de Nampula

Nampula (IKWELI) – Os serviços de transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo
“chapa-100”, na cidade de Nampula, tiveram uma operacionalidade meio fraca
durante o dia de ontem, quarta-feira (13), no arranque da 4ª fase das manifestações
convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.
As principais estações de transportes interprovinciais e interdistritais estiveram as
moscas, segundo observamos na zona da antiga Gorongosa, Sipal e Nasser, para
além de CFM e Petrona.
Entrevista pelo Ikweli, Rubem Felizardo, que é gestor de uma estação de transporte
interprovincial em Nampula, afirmou que desde o início das manifestações no dia 21
de Outubro, o sector de transporte tem vindo a registar perdas significativas devido
a fraca presença de passageiros.
“A situação actual do país moçambicano não está boa, as manifestações estão
afectar de forma negativamente todos os sectores de trabalho e falo concretamente
do serviço de transporte semicolectivo de passageiros das rotas Nampula, Maputo,
Quelimane, Niassa, entre outras províncias”, sublinhou.
No entanto, a fonte assegura que “actualmente os autocarros fazem apenas uma
rota Nampula-Maputo e diferentemente do tempo anterior, por causa desta redução
de passageiros não existe lucro pelo serviço e o combustível está cada vez mais
caro. As autoridades competentes devem unir-se na causa para a liberdade e,
sobretudo, a paz no nosso território porque as situações que actualmente
acontecem apenas trazem a pobreza”.
Os transportadores interprovinciais, em Nampula, reconhecem que as
manifestações decorrentes são violentas e continuam a ceifar vidas.
“Estou preocupada pelas manifestações e quando um pneu é queimado na estrada
impede a transitabilidade de circulação das viaturas e pessoas, estou ciente que
estas manifestações violentas poderão trazer resultados negativos, porque
continuaremos pobres”, disse Eugénio Tiago, que circula na rota cidade de
Nampula/Muecate.
Luís Carlos, automobilista de transporte semicolectivo de passageiro interdistrital,
entende que a falta do diálogo compromete o sustento familiar e para além de
condicionar a economia do país.
“Estamos a sofrer a cada dia que passa e com as manifestações que ainda não têm
a previsão do término a vida está cada vez mais complicada”, disse.
Feliciano Paulinho, outro automobilista, também, anda preocupado, pois “agora não
se pode viajar a vontade por causa das manifestações que provocam insegurança”.
Outra fonte entrevistada pelo Ikweli é Zidane Saleque, um estivador, que também,
lamenta pelas manifestações violentas e exige a quem de direito o fim dos tumultos
e garantia da ordem e tranquilidade públicas. (Nelsa Momade)

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