Nampula (IKWELI) – Os manifestantes que destruíram um posto policial no posto administrativo de Chalaua, distrito de Moma, a sul da província de Nampula, também incendiaram a mineradora denominada MozGems, Ltd que se dedica a exploração de pedras preciosas.
Informações em nosso poder dão conta que antes do início das incursões dos manifestantes, o comandante distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Moma, tentou sem sucesso criar um ambiente de diálogo para evitar o pior, mas não foi possível.
Segundo uma fonte que falou em anonimato ao Ikweli, os manifestantes estavam divididos em grupos, enquanto uns atacavam o comando local, outros faziam das suas na mineradora.
Um agente de segurança, que trabalha numa outra empresa que escapou a vandalização, relatou ao Ikweli que a população estava furiosa. “Eles até então não sabem dizer o que querem, queimaram esquadra, se apoderaram de uma arma de fogo, e puseram em chamas uma empresa mineradora, eu vivi de perto porque estou a trabalhar numa empresa vizinha juntamente com outros colegas”, narra esta fonte.
O nosso entrevistado prosseguiu dizendo que em parte a situação foi motivada por garimpeiros ilegais, pois “aquilo que vejo, a população daqui quer se aproveitar da greve para explorar ilegalmente as minas, porque no princípio não houve disparo de ninguém, eles só saíram para esquadra de Chalaua e começaram a queimar Mahindra, motorizadas, dai levaram arma e o comandante pediu perdão, mas eles não queriam nada, depois saíram 18 horas para 19 horas e logo de manhã invadiram novamente, incendiaram a empresa mineira”.
Na sua intervenção ontem, na capital do país, o chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, suspeitou que os manifestantes de Chalaua não fossem membros do PODEMOS, mas indivíduos que possam ter o comportamento dos que atacam na vizinha província de Cabo Delgado. (Malito João)