Polícias da 4ª Esquadra atiram mortalmente em um jovem

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Nampula (IKWELI) – Um jovem, cuja identidade não apuramos, foi morto nesta quinta-feira (24) pelos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) afectos a área da 4ª Esquadra, em Namutequeliua, na cidade de Nampula.

O incidente aconteceu por volta das 13 horas desta quinta-feira. Os testemunhas no local contam que o referido jovem simplesmente estava numa circulação que se presume de normal, numa altura em que na zona vivia-se um ambiente sem agitação, mas de repente dois polícias levantaram e um deles disparou para o finado que, de imediato, perdeu a vida.

“Estava tudo calmo aqui, esse jovem não estava nem agitado, estava a passar aqui na estrada, nesse tempo sentia-se alguma agitação lá nos Belenenses, mas aqui estava calmo, apesar de existirem algumas pessoas que estavam ansiosas em perceber a situação de lá nos Belenenses, mas esse jovem simplesmente estava a passar”, relatou uma fonte na 4ª Esquadra.

O edifício da 4ª Esquadra está próximo de uma principal via de acesso, que liga as Avenidas do Trabalho e Eduardo Mondlane, na chamada capital provincial de Nampula.

Após o disparo que foi direccionado ao peito do jovem, que culminou com a sua morte instantânea, o seu corpo permaneceu no local mais que uma hora sem que fosse removido. 

Aliás, a remoção aconteceu por volta das 14h40, altura em que recebemos um telefonema de uma fonte informando o acto.

“Agora já estão a remover o corpo do jovem. Infelizmente vai constar nas estatísticas de que abatemos um dos manifestantes, mas ele não estava nem aí”, lamentou a fonte.

Segundo nossos informantes, até a remoção do seu corpo, ninguém conseguiu identificar o finado pois não era residente daquela zona.

Na 4ª Esquadra, as fontes contaram que a polícia continuar com outros disparos e, um dos tiros até furou a porta de uma barbearia que se encontra nas imediações da 4ª Esquadra. “Se o barbeiro estivesse lá dentro, podia sofrer com o tiro. A sorte é que no tempo dos disparos o barbeiro estava no quintal a almoçar”, anotou a fonte. (Constantino Henriques)

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