Nampula (IKWELI) – O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê chuvas acima do normal e acima do normal em alguns distritos da província de Nampula na época chuvosa 2024/2025.
Em entrevista ao Ikweli, o chefe do Departamento de Previsão de Tempo na delegação do INAM em Nampula, Nicolau Guilherme, partilhou que para a presente época chuvosa prevê-se a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro em algumas partes dos distritos de Malema, Ribáuè, Lalaua, Mecubúri, Eráti, Mossuril, Ilha de Moçambique e Nacala, respectivamente.
Igualmente, a província poderá registar chuvas normais e abaixo do normal nos distritos de Larde, Angoche, Liupo, Mogincual, Meconta.
Já para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2025, há probabilidade de se registar chuvas normais com tendência para acima do normal nos distritos de Liupo, Mogincual, Mossuril, Meconta, Anchilo e Cidade de Nampula, parte dos distritos da província, excepto Malema, Lalaua, Eráti, Memba.

“Estamos a dizer que nesta época chuvosa pode ter chuvas intensas uma parte e em outras registar-se escassez e outras podem até ficar alagadas como Nacala, Larde”, disse.
Por conta disso, a fonte apela as comunidades para que haja maior atenção aos boletins meteorológicos partilhados pelo Instituto Nacional de Meteorologia por forma a precaver-se dos perigos.
“As chuvas serão acompanhadas de trovoadas e nós falamos que quando há descargas atmosféricas é preciso evitar estar por debaixo das árvores, fios de corrente eléctrica, torres de telefonia móvel ou estar em locais abertos”.
INGD no terreno
Por outro lado, a delegação do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em Nampula, garante que o sector está a trabalhar na divulgação e maior aprimoramento das informações de forma antecipada para reduzir os impactos dos eventos extremos na província.
A delegada provincial do INGD em Nampula, Anacleta Botão, disse que foram alocados materiais de pronto-socorro aos comités locais de gestão do risco de desastres, bem como treinados para garantir maior resposta aos efeitos decorrentes das intempéries.
“Em coordenação com os outros sectores estamos a trabalhar para fazer face aos diversos impactos e o que isso pode vir a implicar em termos de necessidade. O que posso avançar é que os parceiros estão dispostos a colaborar com o INGD”, explicou.
No entanto, Botão apela a comunidade em geral a fazer o reforço das residências para casos de quem estiver em situação de precariedade.
“Para quem está nas zonas de risco, preste atenção a informação diária que o INAM for a prestar que é para tomar-se medidas que visam salvaguardar vidas e bens. E nós como INGD temos já formado os comités locais, estes por sua vez transmitem toda informação fiável que diz respeito a avisos, comunicados quando estiver a aproximar algum fenómeno”.
Sector de agricultura adverte sementeira apenas com indicação técnica

Enquanto isso, o director Provincial de Agricultura e Pescas, Ernesto Pacule, partilhou que estão a ser criadas as condições necessárias em harmonia com outras instituições multissectoriais no sentido de salvaguardar aquilo que chamou de bem precioso para os produtores.
Entretanto, aproveitou a ocasião para apelar aos agricultores a estarem atentos as mensagens que estão a ser disseminadas pelas autoridades competentes, com vista a proteger os seus animais e produtos, sendo que, “não podemos correr para semear, porque essa chuva é inicial e vem para permitir que os produtores possam preparar melhor a terra. O apelo que eu deixo é que nós temos que continuar a aumentar as nossas áreas de produção, aprovisionarmos os nossos insumos e prepararmos melhor a terra no sentido de que nas próximas chuvas possamos semear e ganharmos campanha agrícola”.
SENSAP garante resposta prévia em casos de afogamentos

Por sua vez, o porta-voz da delegação do Serviço Nacional de Salvação Publica (SENSAP), Abílio Chinai, afirmou que o sector já tem formado 43 membros de três comités locais nos distritos de Angoche, Ilha de Moçambique e Nacala-à-Velha, por forma a responder casos que advirem da s intempéries.
“O SENSAP continua a trabalhar em coordenação com o INGD e temos colaboração com os marinheiros locais ao nível dos distritos costeiros para que em casos de qualquer eventualidade possam reportar. A nível da cidade trabalhamos com 34 membros da associação AMOCINA, temos cá vários rios que quando chega a época chuvosa as pessoas têm sido arrastadas eles não esperam a chuva parar para atravessar e essa associação está preparada no sentido de sensibilizar as comunidades a não se fazer ao rio quando estiver a cair chuva”. (Ângela da Fonseca)