OAM em Nampula: “morte de Elvino Dias é intimidatória e pode desencorajar a classe

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Nampula (Ikweli)-O Conselho Provincial da Ordem dos Advogados na província de Nampula, diz estar profundamente chocado com a morte por assassinato do seu colega Elvino Bernardo Dias, ocorrido na madrugada deste sábado (19) na avenida Joaquim Chissano, cidade de Maputo por indivíduos ainda desconhecidos.

“Este assassinato consubstancia ataque a classe, a nossa  profissão de advogado,  as liberdades e ao estado de direito e é um facto que pode  desencorajar em algum momento, alguns dos colegas e pode manchar”, começou por reagir Isidro Júnior, presidente do Conselho Provincial da OAM em Nampula, numa conferência de imprensa por aquele órgão convocado.

Mais adiante a fonte admitiu que “O ataque ao Dr Elvino Dias não é só um ataque a classe, mas também as liberdades, ao estado de direito democrático e pode em algum momento mexer com a nossa democracia. Um assassinato sempre mancha a imagem de qualquer país. O homicídio provavelmente é o crime mais grave que existe no nosso código penal, então obviamente que mexe com os direitos humanos, não só do advogado mas de qualquer cidadão”.

Isidro Júnior, que além de considerar daquele crime como um acto intimidatório para o exercício da actividade, apela que as autoridades tomem medidas o mais rápido possível para encontrar e responsabilizar os criminosos “pedimos que as instituições de justiça competentes tomem medidas urgentes no sentido de encontrar os autores deste crime e  responsabilizá-los pelo sucedido”, exortou, admitindo que o assassinato do seu colega pode estar ligado como um processo que estava a mexer não sendo apenas o das eleições.

Solidário com a família do Elvino Dias em nome da Ordem dos Advogados de Moçambique em Nampula, Isidro Júnior, assinalou que o dia 19 de outubro de 2024 é um dia negro para todos advogados de Moçambique.

Elvino Dias com Carteira 1599, que também era advogado do Venâncio Mondlane suportado pelo partido Podemos nas eleições gerais deste ano, foi morto por indivíduos desconhecidos na companhia de Paulo Guambe mandatário daquele formação partidária.

Em uma declaração à imprensa, o porta-voz da Polícia da República de Moçambique na cidade de Maputo, Leonel Muchina, associa o crime com um motivo passional. Na mesma viatura onde os dois membros do Podemos foram mortos, estava uma cidadã que contraiu ferimentos graves e que se encontra a receber cuidados médicos na capital do país. (Redação)

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