Maputo (IKWELI) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz estar profundamente chocada pelo aumento de raptos no país e, sobretudo, na capital moçambicana, por isso defende acções enérgicas por parte das autoridades, não só para defender a vida bem como a economia.
Edgar Chuze, representante da CTA, explicou ao Ikweli que a classe empresarial está insegura, sobretudo sempre que sai fora da casa. “Todas vezes que os empresários se fazem a rua sentem-se inseguros e duvidosos se regressam ou não a casa. Isto está fazendo com que alguns empresários de origem asiática estejam a fechar os seus empreendimentos em Moçambique, estejam a abandonar o país, isto traz desvantagens muito avultadas”, disse.
A fonte alerta que a saída dos empresários aumenta a taxa de desemprego. “estamos a falar de desemprego, redução na colecta de impostos e outros. É um temor para quem quer entrar em Moçambique”.
A fonte falava na quinta-feira (8) passada, no decurso da Conferência Nacional das Políticas à Acção: O Estado da Transferência da Propriedade Beneficiária e Luta contra os Fluxos Financeiros Ilícitos em Moçambique.
De acordo com o Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, no período de janeiro de 2023 a agosto de 2024 registaram-se 22 crimes de raptos no país, essencialmente em Maputo, dos quais oito foram frustrados, por intervenção da polícia e da população, e 11 foram esclarecidos, com a libertação das vítimas, incluindo oito em operações da polícia.
Acrescentou que foram detidos, também desde janeiro do ano passado, 53 cidadãos ligados a este tipo de crime e desmantelados quatro cativeiros e revelou que três indivíduos foram detidos nas últimas duas semanas, estando a “colaborar” com as autoridades. (Antónia Mazive)