Maputo (IKWELI) – A cólera é endémica em algumas regiões do país, com surtos frequentes, especialmente durante a temporada das chuvas e inundações. Motivo por que, segundo Faquir Calú, Oficial Técnico de Prontidão na Organização Mundial da Saúde (OMS), intervindo durante o segundo da Conferência sobre Transdisciplinaridade para Eliminação da Cólera, é importante destacar a prontidão clínica para o manejo eficaz de casos de cólera, o que concorre para redução da subnotificação de casos desta doença.
Faquir esclareceu que o manejo adequado de casos inclui a rápida identificação, tratamento e isolamento de pacientes com cólera, reduzindo a propagação da doença.
Para o orador, a subnotificação e manejo de casos de cólera a nível do país constituem um desafio significativo no país devido a questões como infra-estrutura de saúde limitada e sistema de vigilância epidemiológica fraco.
Quanto aos desafios, o interlocutor referiu que as infra-estruturas de saúde limitadas, sistema de vigilância fraco; acesso restrito a áreas remotas; falta de recursos adequados nas Unidades Sanitárias e, por fim, a falta de consciencialização sobre a cólera e seus sintomas entre a população, pode levar a atrasos no diagnóstico e tratamento adequado, levando ao aumento de óbitos comunitários.
Com vista a ultrapassar estes desafios, o orador enfatizou a necessidade de se garantir Prontidão Clínica nas Unidades de Saúde (US) das Áreas Críticas, destacando, portanto, a necessidade de treinamento dos recursos humanos, suprimentos médicos adequados, protocolos de atendimento e tratamento estabelecidos, bem como a preparação de infra-estruturas para lidar para lidar com casos de cólera.
“É imperioso fortalecer-se a prontidão clínica em todas as US das áreas críticas da cólera, capacitando profissionais de saúde, melhorando protocolos de atendimento e garantindo o acesso a recursos adequados”, concluiu. (Redação)