CAD pede participação dos cidadãos na marcha de sábado próximo em Nampula

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Nampula (IKWELI) – A Coligação Aliança Democrática (CAD), ao nível da província de Nampula, maior círculo eleitoral do país, pede a presença massiva dos cidadãos locais para participarem na marcha pacífica marcada para amanha, sábado (27), em repúdio a anulação da sua candidatura para as eleições legislativas e provinciais decretada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). 

A marcha que terá dimensão nacional e internacional surge depois de a CAD ter submetido, ao Conselho Constitucional, um recurso pela exclusão à corrida eleitoral por alegadas irregularidades na inscrição.

Em entrevista ao Ikweli, o delegado da CAD, Castro Niquinha, disse que a marcha convocada não pode ser vista como uma maneira de pressionar o Conselho Constitucional, mas sim uma forma de demonstrar a insatisfação pelo afastamento no processo que se avizinha. 

Por isso, Niquinha pede maior afluência dos cidadãos na marcha, que para além de repúdio a decisão da CNE, visa igualmente manifestar o desagrado relacionado com o “atropelo” dos direitos humanos. Pois no seu entender não atinge apenas a coligação, mas aos moçambicanos no seu todo. 

“Apelar a todos que façam aderência nesta marcha, porque esses problemas que a CAD está a repudiar não podem ser vistos como algo que atinge apenas os seus membros. Nós estamos a combater contra uma situação que atinge todos os moçambicanos, a CAD está a lutar pelos direitos que estão a ser violados em Moçambique. O território está a ser penhorado, as riquezas estão a ser usadas de forma inadequada, a corrupção está a corroer o país, a violação dos direitos humanos que tornou-se numa prática real em Moçambique não está atingir apenas aos membros da CAD, mas sim aos moçambicanos no seu todo, ou seja, a CAD é um veículo que aparece para libertar o país. Venham a marcha sem medo nenhum, ninguém será oprimido porque não vamos permitir isso”, explicou.

Niquinha lembrou tratar-se de uma marcha pacifica e não greve, por isso, “se a Polícia da República de Moçambique impedir essa marcha que não é uma greve posso nesse momento não dizer o que podemos fazer, mas fica bem claro que o próprio presidente da CAD já avisou que depois de todo o processo e se pretender ainda abocanhar os direitos dos moçambicanos a CAD poderá tomar outras vias que a partir da sede nacional poderá tornar público”, alertou.

Segundo o delegado, neste momento estão a ser organizados os documentos que visam comunicar as autoridades locais sobre a realização da marcha.

“O nosso itinerário já está a ser publicado, a previsão da concentração está marcada para 7 horas do dia 27, neste momento estamos a definir o local que poderá acolher a nossa marcha.  A marcha não está associada a questão de pressão ao Conselho Constitucional, mas sim uma forma de demonstrar a nossa insatisfação e fazer compreender aqueles que estão fora das cidades e que não tenham colhido com uma boa percepção a informação, aqui serve para demonstrar que a receita de Moçambique deve ser gerida em função das leis e as pessoas que estão dentro das instituições não podem estar a serviço de qualquer partido”, disse. (Ângela da Fonseca)

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