Nampula: Vence-se o estigma e discriminação de pessoas vivendo com HIV/SIDA

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Nampula (IKWELI) – Algumas pessoas vivendo com o HIV/SIDA na cidade de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, sentem-se cada vez mais acarinhadas, pouco estigmatizadas e discriminadas, tudo por conta da sensibilização que vários actores têm levado a cabo nas comunidades locais.

Nossos entrevistados, que pediram identificação em anonimato, sorridentes e com muito entusiasmos, contam como a aceitação da sua condição têm os deixado felizes, principalmente, a aceitação por pessoas mais próximas.

“Sinto-me feliz, foi uma tarefa difícil, mas depois de tanta luta individual consegui me aceitar e colocar a minha vida em andamento, esperando o tempo certo para contar as pessoas próximas”, disse um dos nossos entrevistados, prosseguindo que “no princípio não fui nada bem aceite pela minha família e pessoas próximas de mim, mas aos poucos eles me aceitaram e temos uma convivência saudável e admirável agora”.

Esta nossa fonte apela a outras pessoas, na mesma condição, para que não sintam vergonha de assumirem-se como tal, o que pode facilitar que vivam em harmonia entre si e com as pessoas mais próximas.

Uma outra fonte comentou que é indispensável fazer a medicação como deve ser, no sentido de garantir que a pessoa continua a viver sem grandes desenlaces na sua saúde.

O Ikweli conversou com uma jovem mentora, que assiste adolescentes e jovens vivendo com HIV/SIDA, numa das unidades sanitárias da cidade de Nampula.

Esta nossa interlocutora diz que, muitas vezes, adolescentes e jovens abandonam o tratamento mesmo não sendo tratadas de forma desigual por conta da sua condição de saúde.

“Os maiores desafios que temos nesse trabalho é convencer aos jovens ou as pessoas infectadas a aderirem a medicação, porque, maior parte delas, levam os comprimidos, mas não tomam e outras chegam a ter consequências, tais como má aderência, perda de peso, diarreias, febres, entre outros”, disse a mentora, rematando que “aconselhamos a todos a tomarem correctamente a medicação, porque se ela é feita de forma correcta chega a evitar muitas complicações, chegando até a evitar mortes”.

Esta mentora mostra-se preocupada com o número de adolescentes que, nos últimos tempos, têm procurado pelos Serviços de Saúde Amigo para Adolescentes e Jovens, mas que no fim abandonam o tratamento. (Ruth Lemax)

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