Nampula: Madeireiros denunciam estarem a sofrer intimidações pela AQUA, IP nos postos de controlo

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Nampula (IKWELI) – A Associação dos Madeireiros de Nampula denuncia que os seus membros têm vindo a sofrer intimidações nos postos de controlo, uma actividade protagonizada por fiscais da Agência de Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA, IP), incluindo agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Na última reunião regional de consulta pública sobre o anteprojecto do Regulamento da Lei de Florestas no país, realizada recentemente na cidade de Nampula, Domingos Caetano, presidente da agremiação disse que os seus membros são ameaçados mesmo estando em situação de legalidade.

“Temos muitos postos de controlo nos distritos. Para sair dos locais de exploração da madeira e para chegar ao destino, sofremos muito com os fiscais e polícias, eles nos intimidam como se fossemos indocumentados”, disse Caetano, acrescentando que “estes indivíduos até manipulam armas quando a polícia de trânsito manda parar os nossos camiões e ficamos com muito medo, pois nós não somos furtivos”.

Esta fonte disse ainda que, muitas vezes, a impressão que fica olhando para o comportamento destes servidores públicos, é de que todo aquele que transporta madeira é um criminoso.

“Essas intimidações conduzem a situações de corrupção na via, aliás, aliado a isso, há situações em que mesmo que o madeireiro esteja bem documentado, é pressionado pelos fiscais, com alegações que só eles sabem, falo de situações que já presenciamos e denunciamos, mas sem reacção das autoridades competentes”, avançou a fonte.

Por causa desta situação, que deixa revoltada a classe dos madeireiros em Nampula, a fonte sugeriu para que haja uma harmonização dos postos de controlo e os procedimentos de fiscalização e actuação dos fiscais florestais.

“Queremos que haja regra na fiscalização, não pode ser assim, em cada controlo nos mandam parar, porém sabemos que existem madeireiros furtivos nos distritos e fazem de tudo para colocar a madeira nos diversos estaleiros nas vilas e cidades da província”, anotou o presidente.

Lembre-se que, a denúncia da Associação dos Madeireiros de Nampula acontece numa altura em que, também, a Agência Nacional de Controlo da Qualidade Ambiental, em Nampula está preocupada com a exploração desregrada de recursos florestais protagonizada por agentes privados e membros das comunidades na província.

A AQUA, IP diz que nos últimos tempos constata-se, também, um novo modo de actuação dos furtivos, que transportam a madeira em motorizadas e bicicletas para abastecerem os estaleiros de processamento. (Nelsa Momade)

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