Na Ilha de Moçambique: Redes mosquiteiras servem para capturar peixe

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Nampula (IKWELI) – Durante os primeiros 5 meses do corrente ano, o distrito da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, registou um total de 16.616 casos de malárias, contra 12.561 do igual período do ano transacto.

De acordo com Geraldino Avalinho, chefe do departamento de Saúde Pública em Nampula, o aumento destes casos deve-se ao não cumprimento de medidas de prevenção da doença, sobretudo o uso de redes mosquiteiras que, quando distribuídas gratuitamente, a população as utiliza na pesca, assim como na protecção de hortas caseiras contra a invasão de pequenas aves.

“Felizmente, tanto no ano passado, tanto neste, não tivemos registo de nenhum óbito por malária, no distrito da Ilha de Moçambique, visto que a malária é uma doença que infelizmente tem uma evolução muito rápida em relação as outras doenças”, disse a fonte.

Em relação a utilização de redes mosquiteiras na pesca, Avalinho assegurou que “trabalhamos em colaboração com vários sectores da administração marítima, para apoiar nesse processo de fiscalização, onde nem sempre tem sido fácil desbloquear”, pois o comportamento da comunidade não tem sido colaborativo.

Hermínio Cidade, responsável pela Fiscalização Pesqueira e Marítima na Administração Marítima, no distrito da Ilha de Moçambique, revelou que, pelo menos, 13 pescadores foram sancionados, no primeiro trimestre do corrente ano, alegadamente por violar a lei, através do uso de redes mosquiteiras nas actividades pesqueira, tendo sido aplicada multas equivalentes a 8.000,00Mt (oito mil meticais).

Amade Ismael, residente da Ilha de Moçambique, disse ao Ikweli que naquela região há praticas que concorrem para uso indevido das redes mosquiteiras fora de combater a malária. (Virgínia Emília)

 

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