“A democracia prospera quando as pessoas são ouvidas”, Peter Vrooman, embaixador dos EUA em Moçambique

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Maputo (IKWELI) – O embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Moçambique, Peter Vrooman, disse nesta quinta-feira (27), a margem da recepção do dia da independência dos EUA que a democracia prospera quando as pessoas são ouvidas e “quando trabalhamos para o bem-estar do povo”.

“Continuemos a trabalhar em conjunto para um futuro mais brilhante, mais saudável, mais próspero, mais seguro, mais resiliente, mais democrático e mais justo para todos”, disse o diplomata.

Na ocasião, Vrooman “visitou” a história e recordou que “estamos a meio entre essa famosa data e a do nosso mais recente feriado federal – o Dia Nacional da Independência Juneteenth, que comemora a liberdade das pessoas escravizadas em 19 de Junho de 1865. O nosso tema este ano é Música e Movimento, e estou grato à GranMah, à Grace Chiburre e ao coro da Embaixada por cantarem “Lift Every Voice and Sing,” composto pelo poeta, diplomata e activista dos direitos civis, James Weldon Johnson, em 1900”.

Em Julho de 1917, prosseguiu “James organizou um desfile de protesto silencioso de 10,000 pessoas contra o linchamento. Esta foi uma das primeiras grandes manifestações dos afro-americanos, antecedendo em quase 50 anos a famosa Marcha sobre Washington”, e “avançamos para 1963: milhares de americanos – sobretudo jovens – de todas as origens marcharam em Washington, erguendo as suas vozes para pedir justiça e o fim da discriminação. Ouviram o discurso “I Have a Dream” do Reverendo Doutor Martin Luther King, um eco do refrão esperançoso do sol nascente captado em “Lift Every Voice and Sing”.

O embaixador anotou, igualmente, que “o artista americano Sam Cooke inspirou-se e escreveu a canção “Change Gonna Come,” que ficou consagrada na história como uma canção de esperança para as pessoas de todo o mundo que apelam pela mudança”, por isso “estamos a celebrar estas vozes que consolaram e inspiraram as massas. Os governos nem sempre podem ouvir a voz do povo, mas quando o fazem, todos nós nos tornamos melhores.  Temos de ouvir as vozes de músicos da América como Nina Simone, Mavis Staples e Kendrick Lamar, assim como músicos de Moçambique: Moisés Manjate do grupo Djambo, Azagaia, Ivete Marlene Mafundza e Simba Sitoi. Temos de ouvir os jornalistas que nos responsabilizam a todos. A escritores como Paulina Chiziane e Amanda Gorman. Às vozes dos eleitores que, através das urnas, determinam o rumo do seu país”.

“Este ano foi designado como o ano da democracia. Mais de 80 países estão a realizar eleições, incluindo os Estados Unidos e Moçambique.  4 mil milhões de pessoas em todo o mundo vão fazer ouvir a sua voz”, salientou Peter Vrooman, concluindo que “nas minhas viagens por todas as províncias de Moçambique, ouvi os sonhos de muitos jovens, desde professores inspirados em Niassa a um jovem poeta e compositor albino em Nampula; de artistas de Cultural Exodus em Cabo Delgado e as bailarinas de tufo na Ilha de Moçambique; de mães na Gorongosa e no Dondo; ciclistas e pessoas com deficiência em Quelimane, Beira e Maputo, até as cozinheiras do programa de lanche escolar em Moamba e Matutuine”. (Redação)

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